sexta-feira, 30 de julho de 2010

Vivam cada dia, como se fosse o último

Em jeito de homenagem, deixo aqui as palavras de um grande actor e, sobretudo de um grande homem. Até sempre!...

"Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros.
Apreciem cada momento.
Agradeçam e não deixem nada por dizer.
Nada por fazer...".
António Feio

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Um sono reparador

Tenho de confessar... tenho um problema. Não acontece sempre, (ok, com alguma frequência), mas de vez em quando lá estou eu com dificuldades com o sono: ora não consigo adormecer (porque a minha cabeça está a fervilhar com mil e um pensamentos), ora acordo a meio da noite e fico com uma insónia tremenda, ora acordo de manhã, tão ou mais cansada do que quando me deitei. Para agravar a situação, tenho tantas tarefas para concretizar num só dia, que por vezes deito-me tarde, que não consigo dormir o suficiente. Certamente já passaram por isto, não é verdade?

Como actualmente ando envolvida nesta pesquisa da felicidade, apercebi-me de que as dificuldades com o sono, estavam a afectar este meu objectivo. Então, nada melhor do que procurar informação para tentar solucionar este problema.

Fiquei surpreendida, pois em média, dormimos menos 20% do que os nossos antepassados, em 1900. Por outro lado, estima-se que entre 30 a 40% da população enfrenta problemas relacionados com o sono.

E como isto pode afectar a nossa felicidade? De muitas formas: uma má noite é um dos factores que mais perturba o nosso estado de espírito diário; causa perda de memória; enfraquece o sistema imunitário (não repondo as reservas de energia necessárias às quais o sistema imunitário poderia recorrer - por ex. o organismo não repõe totalmente os neurotransmissores que suprimem a dor); atrasa o metabolismo, podendo contribuir para o aumento de peso (não é o meu caso).

Dormir mais uma hora todas as noites é mais benéfico para a felicidade diária do que obter um aumento no vencimento. (E esta?...). Por outro lado, os seres humanos morrem mais depressa com a falta de sono do que sem comida.
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Dado isto, deixo aqui uma dicas para um sono reparador, que eu própria vou tentar colocar em prática:
1 – Mantenha regularidade nas horas de deitar e de acordar – Tente dormir mais ou menos à mesma hora em todos os sete dias da semana (sim, mesmo ao fim-de-semana). Variar a hora de dormir em apenas 1 hora pode interferir com a qualidade do seu sono, pois horários de dormir erráticos interferem como seu relógio biológico.
Por outro lado, se sente sono a horas muito tardias, deite-se todos os dias 30 minutos mais cedo, até acertar as horas.
2 – Prepare-se para dormir com a devida antecedência - Prepare-se para ir para a cama bastante tempo antes da hora de dormir, fazendo deste hábito uma rotina.
3 – Acalme pensamentos frenéticos – Quando tiver a cabeça cheia de pensamentos frenéticos, diponibilize algum tempo para rever esses problemas e acontecimentos e escreva-os sumariamente num papel, colocando ao lado as possíveis soluções. Após isto, realize alguma actividade que o abstraia destes pensamentos (ver um filme calmo, por exemplo). Não é boa ideia ir para a cama com estes pensamentos a enervá-lo.
4 – Evite os estimulantes – Não ingira estimulantes que contenham substâncias estimulantes, nem mesmo bebidas descafeínadas, antes de ir para a cama. Estas substâncias podem fazer efeito até 24 horas antes de dormir, contudo, normalmente basta que não os ingira, no máximo até 6 horas antes de ir para a cama. Os produtos a evitar vão desde o café, ao chá, coca-cola, chocolate, tabaco, álcool...
Em substituição poderá beber um copo de leite quente.
5 – Faça exercício físico por rotina – Diversas pesquisas comprovam que os exercícios físicos moderados realizados rotineiramente, duas a três vezes por semana, levam a um sono mais profundo, mesmo que seja uma caminhada de 30 minutos. O corpo humano utiliza o sono para recuperar energia. Se não houver muito para recuperar, seu ciclo de sono poderá ser interrompido.
Há que salientar, todavia, que os os exercícios mais intensos devem ser feitos de manhã e nunca antes da hora de dormir.
6 - Diga não às sestas prolongadas - se fizer uma sesta após o almoço, de cerca de 20 minutos, esta pode ser um impulso fantástico sobre a sua sua produtividade. Para além disso, não afecta o sono nocturno.
No que toca a sestas prolongadas, já é outra história. Para além de prejudicar o sono nocturno, conduz a crises de sono continuadas.
7 – Opte por uma refeição leve – Durante o período de sono, a actividade do aparelho digestivo diminui acentuadamente, pelo que é aconselhável que não coma comida «pesada» e que espere pelo menos 3 horas após o jantar antes de ir dormir.
Contudo dormir com fome também não é uma boa ideia, pelo que o ideal é optar por uma refeição ligeira. O cálcio e o magnésio são bons aliados do sono. Opte igualmente por alimentos ricos em triptofano, um aminoácido que induz o sono, e melatonina, a hormona do sono. Além de estimular o sono e reduzir a ansiedade e a tensão, este tipo de alimentos evita o recurso a antidepressivos e a outros fármacos para dormir. A banana, o leite, a carne branca, os amendoins e as tâmaras secas são alguns exemplos de alimentos que contém estas substâncias, que ajudam a relaxar.
8 – Dedique-se a actividades relaxantes - Perto da hora de ir para a cama, não realize nenhuma actividade em que precise de estar alerta (pagar as suas contas, elaborar tarefas relacionadas com o seu trabalho, etc.).
Em vez disso, dedique-se a actividades relaxantes, tais como: tomar um banho quente de imersão (um duche não tem o mesmo efeito), ouvir uma música calma, fazer meditação, respirar profunda e lentamente, ler um bom livro, bocejar e esticar os braços. Estas actividades permitem acalmar a respiração, reduzir a pressão arterial e diminuir os níveis hormonais estimuladores de stress.
9 – Valorize o conforto – Torne o seu quarto num verdadeiro refúgio repousante, mantendo-o limpo e organizado.
Por outro lado, e dado que o conforto é um facilitador do sono, vire o seu colchão a cada 3 meses (de modo a eliminar possíveis desníveis e rangidos), tenha lençóis e fronhas confortáveis (trocando-os com a regularidade necessária), use roupas de dormir apropriadas à estação do ano e tenha um despertador que lhe permita dormir sem a preocupação de que se irá atrasar. Quanto à decoração opte por cores suaves e tranquilizantes nas paredes e acessórios.
10 – Mantenha uma temperatura amena no quarto – As temperaturas extremas (abaixo dos 15.ºC ou acima dos 30.ºC), conduzem a uma maior movimentação do corpo durante o sono, o que leva à sensação de ter dormido mal.
11 – Mantenha as extremidades aquecidas - Um fluxo insuficiente de sangue nos pés pode manter-nos acordados. Basta vestir umas meias para fazer toda a diferença.
12 – Assegure-se de que o seu quarto fica imerso em escuridão – A luz confunde o relógio circadiano do corpo, pelo que antes de deitar deve manter as luzes pouco intensas. Já na cama deve assegurar-se que o quarto fica completamente escuro (até pequenas luzes como a de um despertador ou de uma televisão em stand-by pode interferir com o sono). Se acordar e se deparar com uma luz clara, vai demorar muito mais tempo para adormecer novamente.
Já durante o dia, deve esforçar-se por apanhar sol. A luz solar activa a libertação de substâncias químicas que ajudam ao alerta diário e, consequentemente, a dormir melhor à noite.
13 - Produza ruído branco - O som excessivo, o barulho e o ruído da rua e dos vizinhos podem prejudicar o sono e interrompê-lo durante a noite. Para colmatar este problema poderá tentar produzir intencionalmente «ruído branco». Este trata-se de um som monótono, de pequena intensidade, e suave. Exemplos destes são CDs com sons da natureza (o vento a soprar, a chuva a cair, o bater das ondas do mar etc.), o som constante do ar-condicionado, etc. Estes sons podem servir para desviar a sua atenção sobre o barulho externo que o impede de dormir.
14 – Não exagere na persistência - Seja persistente mas não exagere: está comprovado que ficar mais de 40 minutos na cama sem conseguir dormir é contraproducente (definitivamente,“contar carneirinhos” não resulta!). Se a insónia teima em continuar, levante-se e faça algo relaxante. Leia um livro, ouça uma música calma ou tome um banho quente.
No entanto, resista à tentação de ligar a televisão ou o computador. Isso ainda o pode colocar mais desperto.
15 – Associe a cama unicamente ao sono e ao sexo – Nada de assistir televisão, comer ou levar o portátil para a cama. Essas actividades ainda o despertam mais.
16 - Durma noutra posição – Tente dormir noutra posição, pois é possível que faça toda a diferença. Contudo evite dormir de bruços, pois fica mais propenso a dores musculares (e não é que é justamente esta a minha posição para dormir).
17 - Feche os olhos – Esta dica pode parecer um pouco ridícula, mas acredite que se ficar a olhar para o tecto, o sono não vai aparecer facilmente.

Se nada disto resultar, é aconselhável consultar um médico, na medida em que estas dicas não são eficazes nas doenças mais graves associadas ao sono. Nunca se sabe se a causa da insónia poderá passar por stress, depressão, ou uma doença que até desconheça. Não pode é continuar a ter noites mal dormidas, isto se pretende ser feliz.

Pessimismo vs optimismo


"Um pessimista vê a dificuldade em cada oportunidade; um optimista vê a oportunidade em cada dificuldade".

Winston Churchill

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O mito em torno do dinheiro

Existe um mito de que o dinheiro não traz felicidade. Contudo, para quem pensa no dinheiro como algo maléfico, meditem no seguinte: não conseguem ajudar nenhum pobre, ficando mais pobres.

Diversos estudos comprovam que o dinheiro por si só não traz felicidade, mas pode ser um meio para a alcançar, na medida em que a sua abundância vos pode dar liberdade para ocuparem o vosso tempo com a concretização dos vossos sonhos.

Imaginemos que alguém tem o sonho de se tornar pintor a tempo inteiro, correndo o risco de ter sucesso ou não. Quando temos uma série de dívidas para pagar (automóvel, casa, etc.) é mais difícil arriscar a trocar um emprego que detestamos, mas seguro, por algo que nos traga realmente a ansiada felicidade. Ter dinheiro ajuda.

terça-feira, 27 de julho de 2010

O poder dos rituais e tradições familiares

São vários os livros que adquiri sobre psicologia infantil e todos eles falam de algo em comum: o poder dos rituais e tradições familiares. A sua importância reside na repetição e previsibilidade. Acabam por ajudar os nossos filhos a adquirirem um sentimento de continuidade, segurança e a sentirem-se num ambiente caloroso e protector.

De acordo com o Dr. Phil McGraw, sem estes rituais e tradições "os nossos filhos terão mais tendência para desenvolver problemas comportamentais, existirão mais conflitos no lar e, de um modo geral, existirá menos estabilidade familiar. Descobriu-se também que os rituais produzem mudanças positivas no corpo, fomentando uma imunidade mais forte e reduzindo os níveis de hormonas do stress e a pressão social".

Há tantos rituais que podemos trazer para as nossas famílias: a celebração dos aniversários, o Natal, a história contada antes de adormecer, etc. No entanto, devemos investir algum tempo e esforço na sua preparação. Por ex.: podemos criar uma caça ao tesouro (ovos de chocolate), por altura da Páscoa, ou decorar conjuntamente a árvore de Natal. Todas estas actividades tendem a trazer magia às vidas familiares, não só pela sua vivência, mas pelo sentimento de antecipação (quantos de nós não nos recordamos da ansiedade que sentíamos antes da chegada do Pai Natal - bem, na minha família era o menino Jesus - nos Natais da nossa infância?). Estes sentimentos, são verdadeiras fontes de felicidade e são momentos como estes, que ficam marcados como boas memórias da infância.

Também eu queria trazer rituais e tradições com significado para a minha família, especialmente para criar um reportório de memórias felizes na minha filha. Mas queria ir um pouco além das habituais celebrações da Páscoa, aniversários, etc. Então lembrei-me de criar «o momento especial da semana». Este consiste na realização de uma actividade especial em família, diferente da rotina habitual. Como estou de férias, creio que, excepcionalmente, iremos ter mais do que um momento destes nestas duas semanas.

Ontem concretizei este meu objectivo e «o momento especial da semana» escolhido, foi um dia dedicado inteiramente à minha pequena Letícia. Começámos o dia, com ela a ir buscar um monte de livros da Anita. Íamos contanto a história de cada um, em conjunto, e no fim ela rematava "E foram felizes para sempre". Depois disto pintámos um desenho do Ruca, para oferecer ao papá. Fizémos uns puzzles (isto ela tem de fazer todos os dias, não há hipótese...), jogámos às escondidas, fizémos jogos educativos, etc, etc. De seguida fizemos o nosso primeiro bolo em conjunto: um bolo de iogurte de morango, por ser mais simples de confeccionar. Bem, a Letícia deliciou-se com esta actividade (quase que me «obrigou» a fazer uma série de telefonemas aos avós e ao papá, para dizer que tinha feito um bolo). Depois disto almoçou a sua comida predilecta e viu os seus desenhos animados preferidos (Barney e os Amigos do canal Jim Jam). À tardinha, depois da sesta, ainda improvisámos uma piscina na varanda. Foram tantos os pulos de alegria, que quase me inundou a varanda, mas valeu a pena vê-la tão contente. Ao deitar contei-lhe uma história, enquanto lhe fazia uma massagem nas costas (esta última é uma tradição de gerações, na família do meu marido - muito relaxante, diga-se).

Pouco antes de adormecer a minha filha perguntou-me: "Mamã, estás bem?". Respondi-lhe: "Estou filha, mas porquê?". "Sabes mamã, estou feliz!..." Nem sabia que ela sabia dizer «feliz», mas ouvi-lo daquela boquinha linda, deixou-me encantada. Constatei uma verdade simples, mas profunda: fazer os outros felizes, traz-nos felicidade. E assim acabou o meu primeiro dia de férias.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O prazer de viajar

Há pouco estava a ver um programa do Travel Channel sobre Lisboa. Mostravam os bairros tradicionais, os pratos de sardinha assada e os maravilhosos pastéis de Belém, o fado cantado em desgarrada nas casas típicas, a feira da ladra, a história do cruel assassino do Aqueduto das Águas Livres, a atribulada vida nocturna do Bairro Alto...

Tudo isto me fez pensar em como adoro envolver-me na cultura dos locais por onde passo. Adoro aprender um pouco mais sobre a história e o dia-a-dia das gentes das terras que visito. Adoro provar os pratos típicos, tirar centenas (sim, são mesmo centenas - sei que abuso) de fotos, ouvir a música tradicional... enfim, adoro viajar! Não me importa ser viajante por locais de interesse cultural, ou pura e simplesmente relaxar num hotel... o que importa é passar momentos realmente gratificantes em família e abstrair-me da rotina do dia-a-dia.

Na verdade os momentos de lazer, em que nos envolvemos em actividades que nos dão prazer, são um contributo de peso para a nossa felicidade. Devemos por isso equilibrar as nossas tarefas rotineiras ou que não constituam uma fonte de prazer, com momentos deste género. Os mesmos possibilitam reduzir o stress, aumentar a nossa imunidade protegendo-nos das doenças e, consequentemente, aumentar o nosso bem-estar. No meu caso pessoal, viajar enquadra-se de todo nestas actividades.

Em pequena, recordo-me que tinha uma colecção algo peculiar. Recortava fotos de revistas dos locais mais fabulosos do mundo, combinava-as, colando-as em folhas de papel cavalinho e criava um espécie de álbum. Sonhava em visitar, pelo menos uma parte, daqueles locais. Os anos passaram e, aliada à minha paixão por fotografia, hoje tenho os meus próprios álbuns digitais, separados por cidades e respectivos países.

Confesso que não sou daquelas viajantes aventureiras. Aprecio demasiado a vida para me arriscar por paragens pouco seguras (não me estou a ver numa viagem ao Iraque...).

As viagens fazem assim parte do meu reportório de lembranças felizes. Adorei ver as pontes de Budapeste à noite, o palácio do Drácula na Transilvânia (sim, existe mesmo), a cultura e arte que Viena transpira (por todos os poros, diga-se), o controverso «país basco», beber um capuccino em Veneza, etc., etc.

Quanto a Portugal, o meu local de eleição é Sintra. Adoro o seu misticismo, a misteriosa paisagem envolta tantas vezes em névoa, os palácios fabulosos... Para paraíso balnear, aprecio bastante Vilamoura, pelo simples facto de estar tudo com um ar muito arranjadinho, limpo e florido (e o clima também ajuda). Gosto de tantos outros locais... Tomar, aqui ao lado de casa, o Mosteiro da Batalha, Caldas da Rainha (vivi bem lá perto, durante um ano), a Cúria... Adoro a variedade gastronómica do nosso país: a bela sapateira recheada, o bacalhau à Brás, as sardinhas de escabeche, as enguias, as migas alentejanas, o cozido à portuguesa, os ovos moles de Aveiro, as tigeladas de Abrantes (tinha de defender um doce local, claro está), os já referidos pastéis de Belém... Este ano provei na zona de Albufeira um paté de sardinha caseiro que só de me lembrar, ainda me faz crescer água na boca. Para além disso, adoro as histórias caricatas que vou ouvindo. Estava eu no palácio de Vila Viçosa (um dos meus preferidos, devo confessar), quando soube que a origem do «chá das cinco», foi na realidade portuguesa (foi a D.ª Catarina de Bragança que levou esse hábito para Inglaterra, quando se casou com o monarca inglês Charles II - a história é um pouco mais longa, mas vou abreviar).

No entanto, ainda tenho tenho tanto para conhecer. Ainda não conheço o Buçaco, a Quinta das Lágrimas em Coimbra, o Gerês... Adoraria conhecer Praga, Paris... Ontem fiz 30 anos, por isso espero ter muitas viagens pela frente... há que construir um reportório de lembranças felizes, há que ser feliz no presente, há que sonhar com o futuro. No meu caso, viajar ajuda.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Estudar a felicidade

"As coisas não mudam;
nós sim"
Henry David Thoreau

Tenho andado meio desaparecida deste mundo virtual, por motivos de força maior. Cá em casa estamos todos doentes com gripe. Fiquei francamente preocupada com a bebé, pois tinha frebres altíssimas. Mas felizmente o pior já passou. Já a vejo a correr pela casa, atrás de um balão cor-de-rosa. Já me desarruma a sala espalhando os seus imensos brinquedos e livros (tem 2 anos, mas diz que adora "ler"). Já voltou a fazer os seus puzzles. Já voltou a sorrir... E se a filha está contente, a mãe fica feliz e mais descansada.

Vim cá fazer um balanço acerca desta minha aventura da pesquisa da felicidade.

Deparei-me com um estudo de um dos pioneiros na pesquisa da psicologia da felicidade, o Dr. Michael Fordyce. Em 1977, este psicólogo publicou os resultados da sua experiência com estudantes a quem tinha pedido para que estudassem os hábitos das pessoas felizes. Na verdade, houve um aumento surpreendente dos níveis de felicidade destes estudantes, só pelo facto de estudarem a felicidade e aprenderem dicas das pessoas felizes. Em conclusão, o facto de estudar-mos este tema, tem um efeito poderoso sobre a nossa própria felicidade.

Efectivamente, pude constatar a veracidade deste estudo. Confesso que sou uma pessoa longe de ser perfeita. Por vezes sou rabujenta, pessimista, ajo antes de pensar, etc., etc. No entanto, sinto que estou a mudar para melhor desde que comecei a envolver-me neste estudo.
- Sinto-me mais animada, mais energética, mais leve;
- Comecei a ver os acontecimentos de uma perpectiva mais positiva e a tentar tirar lições dos acontecimentos menos bons;
- Passei a ser mais paciente com as pessoas, a tentar perceber os seus sentimentos por detrás das suas acções e, sobretudo, evitar a ideia pré-concebida de que estão com más intensões;
- Comecei a sentir-me grata pelas coisas boas que tenho na minha vida e que, por vezes, tomo por garantidas;
- Passei a assumir a responsabilidade por grande parte das coisas que me acontecem, deixando de culpar os outros, o mundo, os políticos, o vizinho do lado (eram tantos os culpados);
- Sinto que me estou a tornar uma melhor mãe, essencialmente porque estou a pôr em prática técnicas de educação que visam criar uma filha, sobretudo, feliz;
- Melhorei (ainda mais) o relacionamento com o meu marido, porque passei a perceber que as diferenças genéticas e culturais, influenciam a forma como homens e mulheres reagem perante o mesmo acontecimento;
- Passei a ter objectivos concretos que me fazem desejar viver cada dia com intensidade e mais alegria;
- Em suma, sinto que não vivo só por viver, passei sim a ter paixão pela vida.

Parece incrivel, mas é verdade. É certo que tenho os meus dias «não» e, por vezes, não ponho nada disto em prática. No entanto, no geral, comecei a mudar aos poucos a forma como encaro a minha vida e o que quero fazer dela. Reparei que a nível exterior não mudou grande coisa. Foi sim a ao nível do meu interior que comecei a mudar. Foi isso que me fez mais feliz.

sábado, 17 de julho de 2010

Os efeitos positivos das férias


A época é propícia ao tema que me propus investigar: as férias. Afinal, quem não tem boas recordações de um pôr-do-sol à beira-mar, de um piqueninque numa floresta, de percorrer um palácio antigo, de visitar um museu... são tantas as possibilidades...

Não é preciso meditar muito sobre o assunto, para saber que as férias podem ter efeitos positivos sobre o nosso bem-estar.

Dado que ficamos com o corpo e a mente afastados do trabalho (pelo menos devíamos), as férias permitem que o nosso organismo recupere energia para o regresso à actividade (curiosamente, ter férias é um factor impulsionador da produtividade laboral). Os especialistas chegam a sugerir que o ideal é distribuir as férias ao longo do ano, ao invés de tirá-las todas juntas.

Existem estudos que demonstram a importância deste período na redução da mortalidade em pessoas com riscos de doenças coronárias. Foi igualmente demonstrada a melhoria dos sintomas em doentes com depressão, com síndrome de Burnout (também chamada de síndrome do esgotamento profissional) ou com problemas físicos decorrentes de stress excessivo.
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No entanto, por vezes as próprias férias podem ser um factor gerador de stress, quer pelos conflitos entre as pessoas que vão de férias em grupo, pelas faltas de planeamento, pelo dinheiro gasto, etc. Por isso, deixo algumas dicas para gozarem ao máximo as vossas férias e para que estas não sejam motivo de stress:
- se vai de férias com um grupo de pessoas, é importante ter em conta 2 aspectos: a) ter afinidade entre as pessoas do grupo, para que desfrutem os tempos de lazer sem grandes conflitos; b) ouvir todos os elementos, para que o destino escolhido seja de comum acordo;
- planeie as férias com a antecedência devida. Quanto mais cedo o fizer, mais fácil será adquirir pacotes turísticos a preços mais acessíveis;
- no trabalho deixe todas as orientações necessárias para que quem o vá substituir não tenha de o incomodar nas férias com dúvidas, e deixe clara a mensagem de que só o devem incomodar em situação de emergência;
- prepare tudo antecipadamente (bagagens, locais a visitar, local para a estadia, etc), pois a falta de programação pode levar a correrias desnecessárias e a episódios menos agradáveis;
- evite realizar actividades em excesso, pois tal pode conduzir a demasiado cansaço, impedindo-o de recuperar energia;
- procure realizar alguma actividade física, comer (agora já tem tempo para comer comida mais saudável) e dormir bem. É meio caminho andado para recuperar a sua energia e saúde;
- procure sobretudo divertir-se e sorrir mais (estas actividades levam ao aumento das «moléculas da felicidade», chamadas de serotonina, capazes de produzir uma sensação de alegria).

Resta-me desejar a todos umas Boas Férias e sobretudo chamar a atenção para o facto de que necessitam realmente de descansar em alguns períodos do ano... para bem da vossa saúde mental e física.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Comentários positivos no casamento

Há algum tempo deparei-me com as pesquisas de um dos maiores especialistas mundiais, em termos de relações amorosas (mais propriamente casamentos), o Dr. John Gottman. De acordo com a sua investigação, numa relação amorosa, para compensar os estragos de 1 comentário negativo, temos que compensar com 5 comentários positivos.

Conclusão: temos de olhar também para as qualidades do nosso parceiro, e não só para os seus defeitos.

Sejam felizes!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Dicas para causar uma primeira boa impressão

Um dos maiores contributos para a nossa felicidade, passa pelos relacionamentos com as outras pessoas. Eu que o diga. Os meus amigos são uma grande fonte de alegria. Afinal dizem-nos aquilo que gostamos de ouvir, escutam-nos quando estamos mais deprimidos, proporcionam-nos momentos de divertimento.

No entanto, quando conhecemos pessoas novas, quer em termos de amizade, quer a nível profissional, nem sempre causamos as melhores impressões, dada a nossa postura, atitude, etc. Encontrei umas dicas interessantes de Gretchen Rubin (escritora que descobri muito recentemente e que também adoptou um Projecto de Felicidade para a sua vida) acerca deste tema, que tentarei reproduzir aqui.

Dicas de Gretchen Rubin para causar uma primeira boa impressão:
- Sorria com mais frequência;
- Incline-se na direcção dos outros, enquanto estes falam;
- Faça perguntas e acompanhe as observações dos outros, e ao fazê-lo, foque-se nas suas opiniões e sentimentos, e não somente nos factos (nota minha: é a chamada empatia, saber colocar-se no lugar do outro);
- Não esteja constantemente a interromper;
- Cumprimente os outros e/ou inicie uma conversa;
- Tente encontrar experiências e interesses comuns;
- Mencione algumas das suas vulnerabilidades e ria-se de si mesmo;
- Tente parecer acessível e caloroso;
- Convide activamente outras pessoas a juntarem-se à conversa;
- Crie um estado de espírito positivo (nota minha: nada de queixumes ou má língua, ok?);
- Coloque energia na sua voz;
- Partilhe observações sobre a vida quotidiana;
- Partilhe as suas paixões e interesses;
- Não se debruce minunciosamente sobre a sua vida, principalmente no que respeita a aborrecimentos (nota minha: não seja chato!);
- LEMBRE-SE: As pessoas dão mais importância às primeiras informações (se você demonstrou interesse ou foi caloroso, ou se, por outro lado, estava distraído e desinteressado), do que à informação posterior, pelo que deve tentar ser o mais encantador possível no início da conversa;
- LEMBRE-SE: A maioria das pessoas estão mais ansiosas por serem consideradas interessantes, engraçadas ou perspicazes, do que que propriamente interessadas em considerá-lo divertido ou saber informações suas (nota minha: enfim, por vezes, somos um pouco egocêntricos...).

domingo, 11 de julho de 2010

Lembranças felizes

Li algures que uma forma de trazer felicidade ao nosso dia-a-dia, é recordarmo-nos de momentos felizes já passados. Isto não significa (de todo), desistir do presente e do futuro. Trata-se simplesmente de uma técnica (comprovada por estudos científicos) em que uma forma de trazer felicidade ao nosso quotidiano, é recordar momentos de felicidade.

Então e que recordações nos poderão proporcionar alegria? Basta imaginar os pensamentos que alguém teria no seu leito de morte. Será que diria: "Bolas! Devia ter trabalhado 50 horas por semana, ao invés de 40. Isso ter-me-ia feito feliz". "Se calhar fiz bem em desperdiçar o meu tempo, horas e horas consecutivas a ver televisão", ou ainda "Que bom que gastei dinheiro na minha liquidificadora, nos meus vinte pares de calças, em todo aquele material de escritório que nunca usei e que me atafulharam a casa"? Não me parece que seriam estes os últimos pensamentos de quem quer que seja.

As melhores lembranças são por vezes as coisas mais simples e banais que ocorrem no nosso dia-a-dia (às quais nem sempre damos o devido valor): os momentos que passamos com a nossa família, aquela viagem de sonho que aguardámos com tanta ansiedade, as noites de Natal da nossa infância, aquelas vezes em que o nosso marido nos surpreende com um ramo de flores...

São momentos como estes, que nos fazem sorrir, que devemos inclusive promover no presente, para adquirirmos cada vez um maior reportório de memórias felizes.

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Eis algumas sugestões para experienciar da forma mais vívida possível os seus momentos felizes, ou para ajudar os que lhe são próximos a fazê-lo:

- crie álbuns de fotografias ou organize os filmes que tenha efectuado, durante os seus momentos felizes, com os respectivos títulos identificativos (no meu caso particular tenho organizadas as minhas fotos da lua-de-mel pelos diversos países que visitei; possuo igualmente filmes organizados por datas dos momentos mais originais da minha filha [assim poderei sempre vê-la a comer a primeira papinha, a sentar-se pela primeira vez, a desarrumar as minhas revistas, a dar os primeiros passos, etc.]);

- construa uma (ou mais) caixa de felicidade, onde possa guardar recordações dos seus momentos felizes (a minha tem desde os objectos mais vulgares aos mais estranhíssimos que possamos encontrar: bilhetes de entrada no palácio barroco de Ludwigsburg, 2 penas azúis de um gaio que tive na infância, um frasco de perfume que usava na adolescência quando ia fazer uns longos passeios de bicicleta com os amigos, uma rosa vermelha já seca que o meu marido me deu, os jornais comprados no dia em que me casei e em que a minha filha nasceu, a primeira roupinha usada pela minha filha... enfim, coisas meio esquisitas, outras não tanto, mas que me fazem sorrir);

- crie um diário de momentos felizes, se possível ilustrado (vou deixar um diário destes à minha filha, uma vez que comecei a registar os acontecimentos mais relevantes da minha gravidez e da evolução da minha bebé no seu primeiro ano de vida - até vai perceber o porquê do seu nome, os acontecimentos marcantes da data do seu nascimento e quando sorriu pela primeira vez [tudo com muito sentido de humor pelo meio]);

- organize propositadamente eventos que poderão vir a tornar-se em memórias felizes (pessoalmente estou a preparar «o momento especial da semana» - trata-se de uma actividade a realizar semanalmente em família, diferente da rotina diária: para o próximo fim-de-semana planeámos um piquenique em família, num local especial).
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