quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Culinária afectiva - marmelada de Outono


Quem não gosta de provar comida que nos recorda bons momentos?… a canjinha da nossa mãe, as rabanadas do Natal, as broas da tia Matilde, a sopa que provámos naquela viagem… A verdade é que esta não é uma comida qualquer. Trata-se de comida afectiva. Comida que nos traz boas recordações, que nos faz reviver momentos felizes.

Cá em casa gosto muito de cozinhar comida típica da época. Para além de recordar a minha infância, quero transmitir os costumes da família à Letícia (aliás, já falei neste post e também neste, sobre o contributo das tradições familiares na felicidade das crianças). Assim, há dias tivemos um desses momentos, daqueles que criam lembranças pela vida fora.
 
Como sabem esta é a época dos marmelos. Pedi, assim, ao meu pai para arranjar alguns. Juntámo-nos na casa dele para fazer marmelada. Ficou uma delícia! A Letícia adorou e nós também. Foi mais que cozinhar, foi mais que comer. Foi cumprir a tradição da família e aproveitar cada minutinho juntos.
 
Aproveito para partilhar a receita convosco:
 
MARMELADA DE OUTONO
 
Ingredientes:
700 g de açúcar (na maioria das receitas usa-se 1 kg, mas eu prefiro menos, para não ficar enjoativo)
1 kg de marmelos (peso após os marmelos estarem descascados e cortados em pedacinhos)
1 pau de canela
 
Receita:
Descasca os marmelos, retira-lhes o caroço e corta-os em pedacinhos. Lava-os muito bem.

Coloca-os na panela de pressão juntamente com 1 copo e meio de água. Deixa ferver durante 5 minutos.

Retira do lume e passa os marmelos com a varinha mágica, de modo a ficar cremoso, sem pedacinhos.

Adiciona o açúcar e o pau de canela. Liga novamente o fogão, com lume baixo, e vai mexendo o conteúdo com uma colher de pau (aconselho a que não seja muito pequena). O objectivo é que a marmelada engrosse e adquira o suave aroma da canela.

Para saberes se a marmelada já está pronta, faz o «teste da palhinha».  Retira um pedacinho para um prato e espalha-a um pouco. Faz um risco no meio da marmelada, com uma palhinha de plástico. Se passado uns segundos esta voltar a unir-se é porque ainda não está pronta. Se parecer mais espessa e se mantiver separada é porque está no ponto.

O tempo em que temos de estar a mexer, em lume baixo, é de aproximadamente 30 minutos (isto para a marmelada solidificar). Contudo, eu gosto de uma marmelada que não fique totalmente sólida, prefiro uma textura de doce. Neste caso não é necessário estar os ditos 30 minutos a mexer, mas ainda assim, no «teste da palhinha» a marmelada deve manter-se separada.

Bom apetite! Acredita, esta receita é uma verdadeira delícia.
 
Foto: Mafalda S. - Marmelada de Outono

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

5 passos para te libertares da tralha diariamente

Há dias falei-vos do meu mês anti-tralha, ou seja, das áreas que consegui organizar cá em casa, no espaço de 30 dias.
 
Já aqui tinha falado que sou adepta do método dos "passinhos de tartaruga", ou seja, fazer um pouco em cada dia, e aos poucos alcançar o meu objetivo maior (por ex.: organizar hoje uma gaveta, amanhã uma prateleira, até conseguir destralhar toda a casa). Claro que uns dias tenho mais vontade que noutros e a dimensão da tarefa que escolho depende um pouco disso. Mas para quem anda sempre numa correria como eu, fazer um pouco de cada vez, parece-me a solução ideal para organizar.
 
De qualquer modo, há sempre 5 passos que costumo seguir, para me libertar da tralha - passos esses que me permitem alcançar os meus objectivos e me motivam a continuar. Ei-los:
 
1 - Esvazio por completo a «unidade» (ou seja, a gaveta, a prateleira, etc.) a organizar. Isto permite-me analisar todo o conteúdo de uma vez;
 
2 - Limpo cuidadosamente a «unidade» de modo a ficar com um bom aspecto e com cheirinho a limpo;
 
3 - Separo o conteúdo que estava no interior da «unidade», em montinhos, de acordo com a orientação seguinte:
a) a manter;
b) para doar (este montinho nem sempre é necessário, como no caso da papelada do escritório);
c) para deitar fora;
d) para a «caixa das dúvidas» - tratam-se de objectos que tenho realmente dúvidas se devo manter ou não. Costumo guardá-los numa caixa que guardo no sótão. Periodicamente vou espreitá-la e se não tiver usado nenhum destes objectos, deito-os simplesmente fora.
Nota: há quem crie um outro montinho, o dos objectos para vender, e depois os vendam por exemplo em sites da Net. Mas, no meu caso, nunca experimentei fazê-lo;
 
4 - Organizo o conteúdo a manter, tentando reunir objectos semelhantes na mesma «unidade» ou em unidades próximas (por exemplo a papelada da minha casa, ao invés de andar espalhada, está toda reunida num único dossier). E, sempre que posso, recorro a organizadores dentro das próprias «unidades».
 
5 - O último passo é celebrar as pequenas vitórias. Vou espreitando os bons resultados do que vou fazendo, pois o facto de ver uma prateleira toda organizada e com bom aspecto, motiva-me a fazer mais.
 
E assim, passo a passo, mesmo para quem não tem muito tempo disponível, vão-se alcançando resultados.
 

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Balanço do meu «dia livre de estímulos»

Ultimamente andava a sentir-me realmente esgotada e isso refletia-se nas minhas horas de sono (ou falta delas), no cansaço e em dores de cabeça frequentes.  Honestamente, até as actividades em família estavam a ser um sacrifício.
 
Perante este cenário, na passada Sexta-feira preparei um «dia livre de estímulos». Tirei uma folga suplementar, fiquei sozinha em casa e descansei. As únicas actividades que pratiquei foram relaxantes: meditei, bebi chá anti-stress, tomei um banho de imersão e estive deitada no sofá (há quanto tempo - talvez anos - que não estava assim). Disse não a várias coisas: não liguei sequer o computador (pelo que não corri o risco de ter de responder a e-mails ou a mensagens no facebook), não liguei muito ao telemóvel, não realizei tarefas domésticas nem outras relacionadas com o trabalho.
 
O resultado é que deixei de fazer o diário do sono, porque parece que finalmente consegui descansar à noite. A dor de cabeça foi-se. Sinto-me também mais enérgica e produtiva. E, sobretudo, estou a dar a merecida atenção à minha família.
 
Conclusão: por vezes temos de saber quando abrandar... isto se queremos ter energia para prosseguir com os nossos objectivos.
 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Pensamento/Inspiração da semana #160

 
 
 
 
"Se quer saber
quais foram os seus pensamentos ontem, então veja
como sente o seu corpo hoje!"
Provérbio indiano
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Dia livre de estímulos... hoje é o dia

Após muito cansaço, muito stress e insónias pelo meio, tive mesmo de abrandar. Hoje foi o dia.
 
Vou ficar longe do telemóvel, do computador (na realidade este post até foi escrito ontem), do trabalho (tirei uma folga suplementar - tinha uma data delas para tirar) e das próprias tarefas em casa. Preciso mesmo de repor energias e sobretudo de dormir. Ando a sentir-me extenuada e isso não pode ser.
 
Assim, nada como um dia destes para recuperar as minhas energias. E tu, já experimentaste ter um dia livre de estímulos?

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Fazer um "diário do sono"


Desde há uns dias andava com uma dor de cabeça constante. Logo pela manhã acordava com um cansaço enorme e tinha dificuldades em concentrar-me. Deixei de conseguir levantar-me cedo, para escrever post's... A verdade é que sabia que andava a dormir pouco, mas não tinha noção de quão pouco. Foi por isso que resolvi fazer um "diário do sono" - para ter noção da realidade.
 
Este consiste em anotar, mais ou menos durante 1 semana, informações sobre tempo e qualidade de sono que temos. Eis os aspectos essenciais que apontei no meu "diário do sono":
- hora a que me deitei e hora aproximada em que adormeci;
- hora a que acordei;
- n.º de vezes que acordei durante a noite (e se o meu sono foi interrompido por alguma fonte externa);
- duração total de tempo a dormir;
- como me sentia ao acordar (com energia, um pouco cansada, muito cansada, com dor de cabeça, etc.);
- o que consumi antes de dormir (comida, bebida, medicamentos);
- se estava stressada com alguma coisa;
- que actividade pratiquei antes de me deitar.
 
Estas foram as conclusões a que cheguei:
- andava a dormir bem menos do que tinha consciência, ou seja, entre 4h a 5h por noite e, ainda por cima com algumas interrupções;
- sentia-me muito cansada, principalmente com dores de cabeça constantes, o que me levava a tomar medicamentos quase todas as manhãs;
- quantos às causas por detrás da minha insónia, nada tinham a ver com consumo de estimulantes ou de dadas comidas. O principal motivo foi andar excessivamente stressada no trabalho. Acabei por trazer esses problemas para casa e não me abstraía dos mesmos. Para além disso, por vezes ia consultar a Internet antes de me deitar, o que me levava a navegar durante mais tempo do que o devido.
 
Qual foi o meu plano de acção?
- Ontem, o primeiro dia em que consegui dormir 7h, ao chegar a casa tomei um banho de imersão super-relaxante. Só com isto, já consegui que a minha dor de cabeça passasse quase por completo;
- Antes de deitar realizei actividades em família que me distraíram do stress do dia. Li também um pouco antes de dormir (se bem que isso já é um hábito, nem consigo dormir se o não fizer);
- Não fui à Internet antes de dormir;
- Deitei-me mais cedo. Fiquei a ler na cama e acabei por adormecer mais cedo. (Foi também a primeira noite em que não acordei por várias vezes).
 
Espero que com esta mudança de hábitos, o meu sono volte ao que era. Mas devo dizer que o "dário do sono" foi essencial para tomar consciência da minha situação, e do que poderia fazer para a alterar. Se tiverem problemas de insónia, aconselho a experimentarem.
 
Mais sugestões sobre como ter um sono reparador, neste post.
 
Foto: mrbille1

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Pensamento/Lema da semana #159


"O nosso tempo é finito,
pelo que talvez tenhamos de desistir de actividades de menor importância,
para podermos realizar outras que nos deiam mais prazer e significado."
Tal Ben-Shahar
Foto: Jen Son

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Quero ser mais feliz, mas por onde começo?


Esta é uma pergunta que me fazem frequentemente, pelo que resolvi fazer um post só sobre o assunto.
 
Em primeiro lugar, e isto é uma boa notícia, 40% da tua felicidade depende unicamente das actividades que intencionalmente escolhes praticar. Ou seja, está mesmo provado pela ciência que, se quiseres, podes aumentar a tua felicidade.
 
Vamos então à prática. Em primeiro lugar, deves conhecer as estratégias que, comprovadamente, podem aumentar a felicidade (conhece-as lendo este post).
 
Claro que todos nós somos diferentes, pelo que algumas estratégias resultam melhor com umas pessoas, enquanto que outras são mais felizes com outras. Assim, em segundo lugar deves tentar descobrir quais as estratégias/actividades que têm mais probabilidade de te fazer feliz. Para isso, realiza este teste.
 
Em terceiro lugar, deves selecionar uma actividade ou duas daquelas que têm mais hipótese de te fazer feliz e praticá-la(s) no teu dia-a-dia.
 
No meu caso, as actividades que têm mais propensão para me fazer feliz são por exemplo «saborear as alegrias da vida». Assim, diariamente tento estar mais atenta aos pequenos prazeres da vida e tento repeti-los sempre que posso.
 
Outra actividade que resulta comigo é praticar as chamadas «actividades de fluxo», ou seja, aquelas tarefas nas quais até nos esquecemos do tempo a passar, por serem uma verdadeira paixão. No meu caso, trata-se da investigação sobre a felicidade, o que envolve pesquisa e a escrita neste blog. Adoro! Todos os dias tento envolver-me um pouquinho.
 
Um último exemplo, é o «comprometimento com objectivos». No meu caso, o objectivo no qual presentemente estou concentrada, é na eliminação de tralha, em casa e no trabalho. Na realidade tenho em vista um objectivo maior, o de reduzir o meu stress e de aumentar o tempo disponível para actividades mais prazerosas. Assim, praticamente todos os dias, faço uma tarefa pequenina relacionada com este objectivo.
 
O que deves ter em conta quando começares:
a) Deves escolher uma tarefa bem pequenina e fácil, que saibas à partida que tem uma elevada probabilidade de te fazer feliz. A verdade é que serão os pequenos sucessos alcançados diariamente, que te motivarão a continuar. E, a longo prazo, irão mudando a tua vida;
 
b) Certifica-te que todos os dias praticas alguma actividade para te fazer mais feliz. A ideia é que, com a repetição, esta prática se torne um hábito. Com isto irás ter a possibilidade de alterar os percursos neuronais do teu cérebro, de forma a agires/pensares como as pessoas mais felizes;
 
c) Dentro da mesma estratégia (por ex. «saborear as alegrias da vida») tenta variar a actividade que praticas. A verdade é que o ser humano rapidamente se adapta a uma actividade, mesmo prazerosa, por isso tem mesmo de introduzir alguma novidade. Por exemplo, posso adorar comer patê de sapateira, mas se o fizesse a todas as refeições, provavelmente deixaria de o apreciar. É preferível alternar com outras coisas. Posso também gostar muito de escrever no blog, mas até um certo limite. Se passasse o dia inteiro a escrever, talvez ao fim de um tempo já não lhe desse o valor que dou. Estás a ver a ideia? Se tiveres um sonho por concretizar, realiza todos os dias uma tarefa para o alcançares, mas vai variando a tarefa. Assim, conseguirás apreciar verdadeiramente a jornada;
 
d) Com o tempo vai introduzindo novas actividades na tua rotina. Podes até ir experimentando algumas que não tens a certeza se te farão ou não feliz (eu por exemplo experimentei fazer um diário de gratidão, mas para ser franca não resultou muito comigo, pelo que eliminei essa actividade - mas por vezes, há tarefas que nos surpreendem e que, para nossa surpresa, nos fazem mais felizes).
 
E é assim. Passinho a passinho, aos poucos podes ir melhorando a tua vida. A felicidade não tem de estar num futuro longínquo - será mais fácil ires ao encontro dela se souberes ir apreciando a jornada. Em suma, como diz o título deste blog: a felicidade é o caminho.
 
Foto: Kashif John

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Festa surpresa para o papá

A ideia partiu da Letícia. O papá tinha estado a trabalhar o Sábado inteirinho...então, que tal preparar-lhe uma festa surpresa? A mamã que até gosta de alinhar nestas coisas, concordou com a ideia. E assim começou mais um serão original cá em casa.
 
A mãe fez a sopa preferida do papá e a Letícia ia enfeitando os segundos pratos: uma variedade de pequenos petiscos e canapés (fiquei surpreendida com o talento dela para a decoração - e só tem 5 anos!). Preparou ainda uns pratinhos de frutas e de doces, para a sobremesa.
 
Depois desenhei umas letras a dizer "Amamos-te papá!", que ela pintou. Enfeitámos o espaço com balões. E foi ela quem colocou a mesa (acreditam que até dobrou na perfeição os guardanapos e os colocou ao alto nos copos, absolutamente sozinha? até esta ideia partiu dela).

Entretanto a Letícia foi vestir-se de princesa e pediu-me para também vestir uma roupa bonita (não me vesti de princesa, fiquem descansados!).

Preparadas a rigor, assim que o papá chegou tínhamos a casa às escuras. Ligámos a luz e gritámos "Surpresa!". O papá adorou e então a princesa nem se fala.

E assim passámos um serão diferente. Por vezes é preciso sair da rotina, para nos sentirmos mais alegres, mais vivos. Para não falar de que são momentos como estes que criam lembranças felizes.

Mas confesso-me surpreendida. Tenho uma filha cheia de criatividade.

Foto: Oli Matthews

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O meu mês anti-tralha

A minha vida é uma correria, pelo que tenho que fazer uma gestão eficiente do meu tempo para que este dê para tudo o que eu quero. Para conseguir organizar a minha casa e livrar-me da tralha que acumulei, o meu método é fazê-lo em passinhos de tartaruga, ou seja, um pouquinho todos os dias.
 
Eis o que fiz em 30 dias, e que pode ser uma sugestão também para ti:
 
1.º Domingo de Setembro:
1 - Roupeiro (este foi um objectivo maior, mas por ser fim-de-semana, aliás, tinha sido iniciado de véspera, no Domingo foi só concluir uns detalhes).
 
1.ª semana completa:
2 - Gaveta na cozinha
3 - Gaveta na cozinha
4 - 2 gavetas pequenas da cómoda do quarto
5 - Prateleira interior do móvel da sala
6 - Gaveta pequena da minha mesa de cabeceira
7 - Documentos que são para manter sempre (escrituras, certificados de habilitações, declarações de IRS, etc.)
8 - Gaveta pequena da minha mesa de cabeceira
 
2.ª semana completa:
9 - Revistas com artigos sobre as temáticas do blog
10 - Gaveta dos livros da minha mesa de cabeceira
11 - Gaveta das meias da minha mesa de cabeceira
12 - Gaveta da cómoda herdada da minha avó
13 - Gaveta dos panos e toalhas de cozinha
14 - 5 prateleiras de livros
15 - Gaveta no escritório
 
3.ª semana completa (esta semana não fiz grandes tarefas até Sábado, arrumei coisas que particamente pouco tinham por arrumar, pois fiz horas extras no trabalho):
16 - Chaveiro
17 - Gaveta das revistas de cozinha
18 - Gaveta pequena da mesa de cabeceira do marido
19 - Gaveta pequena da mesa de cabeceira do marido
21 - Gaveta na cozinha
22 - Dossier com a papelada da casa
 
4.ª semana completa:
23 - Gaveta no frigorífico (dia de reunião no trabalho, tive muito pouco tempo para organizar em casa)
24 - Gaveta e restantes prateleiras no frigorífico
25 - Vasos das varandas (incluiu retirar vasos a mais e cortar as folhas secas das plantas)
26 - Vasos das varandas (conclusão)
27 - Papéis do escritório (eliminei dois sacos do lixo cheinhos)
28 - Cestos dos medicamentos (periodicamente é necessário verificar prazos, bem como livrar-me de embalagens vazias)
29 - Facturas (água, luz e condomínio)
 
Último dia de Setembro:
30 - Monte de revistas
 
Posso dizer que para mim, Setembro é um dos piores meses em termos de tempo disponível. Mesmo assim, passo a passo, por menor que seja a tarefa que faça diariamente, consigo que a casa vá ficando mais organizada. O segredo acho que é mesmo esse... o "passo a passo".

Foto: citychiccountrymouse

terça-feira, 15 de outubro de 2013

O que lidar com a morte me tem ensinado

Na semana passada foi a Sr.ª E. Parecia ainda tão saudável, acordou tão bem disposta. Mas tinha um aneurisma e ninguém sabia. Desmaiou e assim se foi. Ninguém o esperava.
 
Mas nem sempre é assim, já tive de lidar com doenças prolongadas, ou com o desgaste normal dos  órgãos, que sucede com a idade.
 
Trabalhar numa Instituição para idosos, infelizmente obriga-me a lidar com a morte com alguma frequência. Há quem pense que não custa por as pessoas já terem muita idade. Pura treta! Estamos habituados a conviver com elas diariamente, algumas durante anos. É como se fossem uma segunda família. Claro que custa e não é pouco!
 
Ultimamente tenho também lidado com a morte de pessoas com idades próximas da minha, o que me tem chocado ainda mais. Há cerca de 2 semanas faleceu a irmã de um amigo, num acidente de paraquedas. Dois meses antes uma rapariga também de 32 anos, mãe de 3 crianças, com um AVC. E os casos de AVC, cancro e até suicídio têm-se sucedido.
 
É impressionante a frequência com que tenho de lidar com isto e a fragilidade da própria vida...
 
Mas ao longo dos anos tenho retirado algumas lições, que gostava de partilhar convosco:
- devemos tentar ser felizes e fazer felizes quem está à nossa volta... a partir de hoje. A verdade é que se esperamos a felicidade num futuro longínquo, esta pode nunca chegar. Devemos ser felizes «agora», durante a caminhada que fazemos todos os dias;
- não devemos adiar os nossos sonhos, porque nunca se sabe... Devemos começar hoje mesmo a realizar tarefas, para concretizar os nossos objectivos de vida;
- é importante, quando fazemos escolhas, meditarmos no que é melhor para nós. Não devemos viver em função das escolhas dos outros;
- é igualmente importante descobrirmos e vivermos em função do nosso propósito de vida, algo que dê sentido à nossa existência e que nos permita deixar um legado neste mundo;
- devemos levar uma vida saudável (o que inclui alimentação, exercício físico e prevenção de stress), de modo a prevenir alguns problemas de saúde e a ter uma vida mais longa;
- devemos igualmente equilibrar o trabalho, com a vida familiar, a vida social e os nossos hobbies. Por exemplo um dos arrependimentos de pessoas em fase terminal de vida é o facto de terem trabalhado demais, colocando o trabalho à frente da sua relação com os filhos e o companheiro(a). Acabaram por não conseguir acompanhar o crescimento dos filhos e por apagar a chama do amor com o(a) esposo(a). A solução reside mesmo em equilibrar as diversas áreas da vida;
- é importante dizermos às pessoas que amamos, o que sentimos. Há pessoas (não é o meu caso) que pressupõem que o filho, o marido, a mãe... já sabem que são amadas e por isso não vale a pena dizê-lo. Não é verdade, por vezes as pessoas duvidam mesmo do nosso amor e ficam bem felizes por saberem que são amadas;
- devemos fortalecer as nossas relações com a família e com os amigos verdadeiros. Somos mais felizes com redes sociais fortes, que nos façam felizes nos melhores momentos e que nos deem apoio nos piores;
- devemos perdoar, pois os ressentimentos corroem-nos por dentro, magoando-nos mais a nós, do que provavelmente há pessoa que nos fez mal;
- devemos levar um vida mais descontraída, mais positiva, menos concentrada nos problemas e mais nos nossos objectivos. Como disse Nadine Stair, se pudesse viver outra vez "Se calhar, tinha mais problemas reais, mas menos problemas imaginários";
- ter fé de que há mais do que a vida terrena, de que há um Ser Superior a olhar por nós é muito importante para lidar com a morte. A espiritualidade pode não só fazer-nos mais felizes no presente, mas também ajudar-nos a não temer o futuro;
- devemos concentrarmo-nos nos pequenos prazeres da vida, para sermos felizes no dia-a-dia e não pensarmos muito na morte. É importante lidar com o pior, mas melhor ainda, é sabermos lidar com a vida fantástica que podemos ter pela frente!
 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Como organizar os documentos e durante quanto tempo guardá-los?

Ultimamente tenho-me ocupado da organização da papelada. Nem imaginam a quantidade de documentos que guardava desnecessariamente... e da confusão que existia em algumas áreas.
 
A verdade é que a desorganização de documentos pode ser uma fonte de stress. Isto pelo tempo precioso que perdemos há procura de um documento, ou porque precisamos de um papel para provar algo, com urgência, e não fazemos a mínima ideia do local onde o guardámos.
 
Como organizar a documentação?
Cria uma "caixa de entrada" (pode ser um conjunto de tabuleiros de secretária empilháveis ou até um dossier). Esta deve permitir-te separares de forma rápida os papéis que recebes diariamente. Basta indicares a categoria dos documentos em cada tabuleiro ou separador (no caso de dossier). Podes separá-los do seguinte modo (é só um exemplo, adequa-o às tuas necessidades):
a) "caixa de entrada ou inbox" - para guardar a papelada que chega e que de momento não tens tempo de tratar;
b) "contas a pagar";
c) "documentos a tratar" - tratam-se de documentos que não são contas (correspondência a que se tem de dar resposta, por ex.) e que não podem ser arquivados de imediato por ainda requererem a tua atenção;
d) "arquivar" - recibos de pagamentos, assuntos já tratados que necessitam de ser arquivados, mas para os quais neste momento não tens tempo (o ideal seria arquivar de imediato, de modo a que esta área nem sequer tivesse papelada).
 
Como arquivar a documentação?
Deves escolher o sistema de arquivo que melhor resulte contigo (sistemas de pastas suspensas, dossiers com separadores, ou até a combinação de ambos).
 
No meu caso reúno diferentes sistemas de arquivo, consoante a documentação. De qualquer modo, tenho sempre:
a) um sistema maior (uma caixa, por exemplo) com uma classificação mais generalista de tudo o que guardo lá dentro ("IRS", por ex.);
b) divisões menores, com classificações mais específicas - por ex. no caso da caixa do "IRS" esta está dividida por anos e em cada ano guardo a declaração de IRS e as facturas que a justificam).
 
Como manter a documentação organizada?
a) Tenta guardar de imediato no arquivo definitivo (por ex. tenta pagar a conta de imediato, e guardar o comprovativo no seu lugar definitivo);
b) Se não conseguires cumprir à risca a línea a), faz uma revisão semanal, a fim de tratares o que tem de ser tratado e encaminhares a documentação para o seu lugar definitivo (arquivo ou lixo);
c) Faz uma revisão anual da tua documentação e elimina o que já não é necessário.
 
Durante quanto tempo se devem guardar os documentos?
a) toda a vida - documentos relacionados com o património (escrituras, cadernetas prediais, etc.), com a tua formação (diplomas, certificados de habilitações, comprovativos de frequência de seminários, etc.), documentos pessoais (assento de nascimento, certidão de casamento, boletim de vacinas, etc.), documentos relacionados com o trabalho (recibos de vencimento, contrato de trabalho, etc.).
 
b) 5 anos
b.1) todos os recibos das despesas que declaraste no IRS ou IRC e comprovativos de entrega da declaração de IRS (já a própria declaração de IRS é um documento que optei por guardar sempre);
b.2) facturas/recibos de consumo de água, luz, telefone, gás, etc. Apesar da lei referir que as dívidas relativas a estes serviços prescrevem no espaço de 6 meses, é aconselhável guardá-las durante 5 anos (até para acompanhar a evolução do consumo e da facturação).
 
c) 2 anos (ou durante o período de garantia) - facturas/recibos dos equipamentos adquiridos (aparelhagens, micro-ondas, frigoríficos, etc.). 2 anos é o período de garantia estipulado por lei, mas se o produto tiver uma garantia superior, guarda-o durante o período de garantia.
 
d) 1 ano - facturas/recibos relativamente a serviços pelos quais pagaste (canalização, pintura, electricidade, etc.). 1 ano é o prazo que tens para reclamar, no caso de teres motivos para isso.
 
Foto: Adam Rifkin

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Como descobrir se copiaram uma foto tua na Internet

Há dias falei sobre os perigos de publicar fotos nossas na Internet. Não me vou alongar sobre este tema, mas quero só frisar que quando publico fotos ou são de minha autoria, ou são de autores que autorizaram a sua publicação. Acho que é assim que deve ser.
 
E tu, já pensaste se anda alguma foto tua a circular pela Net? Infelizmente, pessoas menos escrupulosas podem roubar-nos fotos do nosso blog, do facebook, etc. A situação fica mais chata, quando são fotos pessoais. Queres saber como podes descobrir isso? Eis os passos que deves seguir.
 
1.º Abre a página da Internet onde tens a tua foto.
 
Eu abri uma página do meu blog, num post com uma foto de minha autoria.
 

2.º Com o rato em cima da imagem, arrasta-a até ao canto superior esquerdo do teu computador (para o local onde se colocam as moradas dos sites que visitamos).
 

3.º Após o passo n.º 2, surge (justamente no local para onde arrastaste a imagem) um "código" da tua foto. Selecciona esse "código" e copia-o.


4.º Entretanto entra na página principal da Google (https://www.google.pt/) e selecciona o Google Imagens. Depois disto, clica na máquina fotográfica pequenina que assinalei em baixo.
 

5.º Após clicares na máquina fotográfica pequenina, deverás ver o ecrã, com o seguinte aspecto:


6.º No espaço que está em branco, cola agora o "código" que há pouco copiaste da tua imagem.  Clica no retângulo azul, onde diz "pesquisar por imagens".


7.º Finalmente surge uma lista dos locais na Internet onde estão localizadas cópias da tua imagem, se as houver. Surgem também imagens visualmente semelhantes à tua.
 
Por exemplo, relativamente à foto que usei nesta pesquisa, os resultados que surgiram foram essencialmente do meu blog. Contudo, se repararem, surge um resultado com a minha foto num outro blog, que a copiou sem qualquer autorização...


8.º No meu caso específico, entrei no link do outro blog. E lá estava a minha estimada foto, no blog Organizar Sempre, que volto a frisar, sem qualquer autorização a publicou. Agora imagina se fosse uma foto mais pessoal...
 
O que costumo fazer nestes casos, é denunciar a cópia ilegal.
 
 
Fotos: Mafalda S.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

As férias em fotografia: Alemanha - Estugarda e arredores


Escrever sobre viagens é uma coisa que me dá imenso prazer. E hoje é dia para o fazer, vou voltar a falar-vos da minha road trip pela Europa. Para quem não seguiu os primeiros posts, já falei das minhas passagens por San Sebastian, em Espanha e por Paris, na França. Mas a viagem continuou...
 
Agora que temos a Letícia, somos mais meticulosos. Programamos mais as viagens e onde vamos pernoitar. Pois... mas às vezes... digamos que as viagens conseguem dar-nos alguma diversão extra. Sem nos apercebemos entrámos na Bélgica (ok, realmente estranhámos tanta matrícula vermelha) e acabámos por passar também no Luxemburgo. Nunca tínhamos estado lá e ficámos curiosos. Mas como fazíamos tensões de chegar ao destino a tempo e horas, estes países ficam na nossa wishlist para uma próxima. Só posso dizer que as paisagens são deslumbrantes (tudo muito verdejante) e a limpeza e organização predominam (pelo menos por onde passámos).
 
Bom, mas o destino era Estugarda na Alemanha e os nossos amigos esperavam-nos. E que bom que é matar saudades!
 

Uma coisa que me agrada na Alemanha são os centros históricos das cidades. Apesar de as casas terem uns bons anitos, estão todas em muito bom estado de conservação. O próprio estado alemão, apoia os habitantes para manterem as casas tão bem cuidadas. Aqui estão imagens de Waiblingen, uma pequena cidade a 10 km de Estugarda.
 

É mesmo impressionante o grau de limpeza das ruas e os detalhes históricos por todo o lado. É um prazer andar a passear por aqui.
 
Comparativamente a Portugal, creio que por cá (e não quero generalizar) as pessoas preocupam-se mais com o interior das habitações do que com o exterior. (E contra mim falo, sinceramente acho que o meu prédio precisa de uma boa pintura). A verdade é que um ambiente exterior agradável, até melhora o nosso humor.
 
De qualquer modo, creio que em Portugal temos um aspecto interessante em termos de habitações históricas, que não é muito visível na Alemanha. Aqui, as casas mais antigas parecem todas semelhantes. Agora comparem com a variedade que existe em Portugal: uma casa no Minho, outra no Alentejo e outra no Algarve, conseguem ter estilos absolutamente diferentes... há sempre algo novo por descobrir.


Estugarda em si, tem muita vida... É uma cidade enorme e multicultural. Há músicos de rua e gente a aplaudir. Pessoas a ver montras e outras a namorar. Contudo por volta das 23h a maioria das pessoas parece desaparecer. O nosso amigo diz-nos que é normal nesta altura do ano. Os estudantes universitários foram de férias e os alemães relaxam numa explanada até "horas decentes". Muitas vezes saem para comer qualquer coisa fora. Há quem se sente há mesa em família, mas mais descansadamente só ao fim-de-semana (diferente, bem diferente do nosso país).


As cidades estão realmente bem cuidadas (na foto, Ludwigsburg à esquerda e Estugarda à direita). Acreditam que há noitinha as ruas são limpas (lavadas, diga-se), para no dia seguinte estarem impecáveis? Que boa ideia!
 
Outro aspecto positivo é que há condições para andar de bicicleta nas ruas. Há bastantes ciclovias e estacionamentos de bicicleta (espreitem na foto da direita, o dito estacionamento).
 

Acho que os alemães são fanáticos por design, definitivamente. É impressionante como podemos encontrar detalhes interessantes (como o da imagem à esquerda), em prédios absolutamente normais. Também gosto da mistura harmoniosa entre edifícios históricos (como o da imagem à direita), com edifícios mais modernos (fotos em baixo).


Também é agradável o verde em plena cidade. Este é o exemplo perfeito para caminhadas ou para andar de bicicleta.

Mas... mudando de tema, vamos lá falar de comida.
 
Pessoalmente não aprecio comida alemã. Mas gosto de comer na Alemanha... comida de outras nacionalidades.
 

Fomos a um restaurante turco (não, não comi doner Kebab) e a comida foi absolutamente divina! A salada da foto estava muito bem temperada (nada parecida com a que provei em Espanha).


A sopa era espectacular. Era uma sopa com carne de ovelha, muito reconfortante. Só não simpatizei com a sobremesa (imagem à direita). Parecia-me muito seca. O interior era à base de pistácio e o exterior tinha uma espécie de aletria com passas.
 

Este segundo prato estava maravilhoso (ok, o prato estava todo bonitinho, mas tirei a foto depois de ter comido um pouco... veem a trinca no pão?). Vamos por partes, tinham uma espécie de molho que se usa nos Kebabs, um arroz árabe, duas espetadas distintas à base de carne de ovelha (os turcos gostam mesmo de ovelha, está visto). Tinha ainda um molho picante a acompanhar, com um toque a pimento assado (o que estragava era o picante, um dos poucos sabores com que não simpatizo).
 
As bebidas que acompanhavam a refeição eram um chá quente e um copo do que parecia ser um iogurte líquido frio (combinação estranha, não necessariamente má).
 

Ficámos em casa de uns amigos que adoramos. Coloco aqui alguns detalhes da casa, o que reflete um pouco o gosto alemão. Muito branco, linhas direitas (segundo ela, mobília que dá pouco trabalho a limpar), objectos de design interessante (ele é arquitecto, e é fã de arte e design). Mas cá para nós, gosto mesmo é da jarra da foto acima, é tão bonita!
 
Anyway, aquela sala está cheia de grandes janelas. Também aqui, tal como na França as manhãs começavam ao som de música e com vista para uma paisagem verdejante. Mas já não haviam croissants. É mais café, sumo, pão com compota e... ovos mexidos, salsichas e enchidos fritos. Não tão saudável. Mas ocasionalmente, sabe bem.
 

Duas das revistas que ele tinha lá por casa. Digam lá se o minimalismo também não pode incluir o rústico (olhem as paredes) e o estilo romântico (a banheira é gira, não é?).
 

Da última vez que estivemos na Alemanha andámos a ver castelos e palácios. Desta vez, para alegria do maridão, fomos ver museus de carros. Começámos no museu da Mercedes (que honestamente também adorei, vale mesmo a pena visitar).
 

É impressionante como nenhum detalhe é esquecido. O automóvel da foto pode ser lindíssimo, mas reparem só no pormenor das lâmpadas por cima deste. Definitivamente, na Alemanha, o design é tudo.
 

A colecção deste museu ilustra a evolução do mundo automóvel. Tão bonito este modelo antigo.


Conseguem distinguir o modelo lá ao fundo? Trata-se do primeiro papamóvel, usado por Paulo VI! Ao lado, uma pista com carros de corrida.


Bem, este autocarro é o máximo! Não sei porquê, o tipo da imagem lembra-me o Ricardo Araújo Pereira (ai se ele sabe que ando a dizer dele!...).


Para as crianças o museu também é interessante. Tem uma série de cidades em miniatura, carrinhos de brincar e alguns equipamentos que permitem fazer experiências divertidas.


Ao longo do percurso vamos encontrando estes painéis. Estes explicam o que foi acontecendo na história do mundo ocidental. Encontram-se junto dos carros da respectiva época.
 

Este é um dos últimos modelos...


Mais um aspecto do design fantástico deste local. Aquele tecto azulado estava sempre a mudar de imagem, formando estranhas formas geométricas. Em cima uma aeronave mais antiga, a contrastar com o aspecto moderno do edifício.  Na parede onde estão os elevadores, vão sendo projectados filmes dos automóveis da marca.
 

E se o meu marido já estava contente...
 
Continuámos o percurso no museu da Porsche. O edifício também era muito giro, mas vou confessar, não gostei tanto do museu. Não tem tantos detalhes históricos, nem brincadeiras para as crianças, mas... deixam-nos tirar fotos dentro de um dos seus último modelos. Lá fiquei eu e a Letícia, divertidas, a fingir que íamos em plena condução. 
 

Aqui também começam por mostrar os carros mais antigos. Estão a ver aquele ao fundo, à esquerda? A Letícia diz que é o carro da rainha de copas (da Alice no País das Maravilhas). Faz algum sentido...


Aqui os carrinhos de corrida e mais pormenores do design interessante do museu.


Adivinhem qual foi o Porsche preferido da Letícia... Claro que foi aquele cor-de-rosa (imagem da esquerda).
 

Bem, esta era uma galeria com uma imensidão dos prémios que já receberam. E eu, em vez de apreciar o momento, só me perguntava "mas como é que eles limpam isto?".

O nosso amigo convidou-nos para uma refeição no restaurante da Porsche. É doido, porque aqueles preços são proibitivos. Mas, após tanta insistência...


Tenho cá para mim que o chef era dos nossos lados. Haviam muitos ingredientes tipicamente mediterrânicos.
 
Estas foram as entradas. Vários tipos de pão, uma pasta de pimentos (maravilhosa), uma pasta de azeitona (não tão maravilhosa) e manteiga.


E o momento que tanto temia na vida chegou!... Ok, eu adoro sushi, mas nunca tinha provado a versão carnívora da coisa... um bom carpaccio. Cortesia do Chefe, segundo o garçon ("Está bem, está... -  pensei eu - seria, se fosse à borla! Mas pronto, manda lá isso que nós não pedimos e pelo qual se vai pagar um balúrdio e de que posso nem gostar"). Não podia estar mais enganada, aquilo é do melhor. Está tão bem temperado, que se torna numa agradável explosão de sabores. Perfeito!
 
Já a sopa com uma flor de curgete, também era uma delícia. Acho que não vou provar algo tão bom nos próximos tempos...

 
Aqui está o prato que pedi (só aquele pratinho custou 35,00 € - mas eu não deveria de estar a aproveitar, em vez de estar só a pensar no preço?). Este consistia em filetes de peixe enrolados em gambas, acompanhado de puré de couve flor (que sabia a puré de batata) e um cuscus (que não era "aquela" coisa). Mas o molho cor-de-laranja que veem... era tão, mas tão bom.
 
De sobremesa veio aquela espécie de fruteira com chocolates diversos (na foto, já falta um... comido por mim), bolo de chocolate e o que parecia uma camada de pudim com cheesecake. Muito bom também.
 

Acho que os alemães são mesmo de detalhes. Estes eram os pormenores da nossa mesa. Os guardanapos com a inscrição da marca e uma miniatura de um Porsche em cada mesa.
 

E chegou a altura de deixar terras germânicas.

Gosto muito da organização, da limpeza, da atenção a certos detalhes... e da paixão por design, claro!

Contudo, aprecio as refeições em família, que se fazem todos os dias no nosso país, normalmente ao jantar. Gosto também de ter vizinhos amigos (o nosso amigo na Alemanha, diz-nos que particamente a única conversa entre vizinhos é para dizer "bom dia"; se falam por outro motivo, normalmente é para reclamarem de alguma coisa que não lhes agrada).
 
Não têm a sorte de ter o nosso clima, mas o conforto térmico daquelas casas, consegue superar o nosso.
 
Mas... pagar 0,70 € de cada vez que vou a uma casa-de-banho de uma estação de serviço... grrrr! Que coisinha mais chata.
 
Enfim, todos os países têm coisas positivas e coisas negativas. O melhor mesmo é aproveitar o que cada um tem de melhor (não que me importasse de ter o nível de vida em Portugal, que os alemães conseguem ter no seu país). Quem sabe um dia.
 
O sol está a nascer. Outras terras estão por explorar. Saímos sorridentes. Gostamos deste género de férias!
 
Fotos: Mafalda S. - Alemanha
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