segunda-feira, 27 de junho de 2016

Pensamento/Lema da semana #299


"(…) todas as estratégias para o optimismo 
envolvem o exercício de interpretar o mundo mediante uma perspectiva mais positiva e generosa, 
e muitas requerem ter em conta o lado bom das coisas, 
ver a porta que se abre quando outra se fecha. 
É necessário muito esforço e muita prática para o conseguir realmente, 
mas se persistir nestas estratégias até que elas se tornem habituais, 
os benefícios podem ser enormes. 
É possível que alguns optimistas o sejam de nascimento, 
mas muitos deles fazem-se com a prática". 
Sonja Lyubomirsky

Foto: Amanda Tipton
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terça-feira, 21 de junho de 2016

O livro "Crianças Felizes" da Magda Gomes Dias

Há que tempos que ando para falar deste livro... e a Magda entretanto já publicou outro (o "Berra-me Baixo"). Mesmo assim não poderia deixar de falar do "Crianças Felizes" e já vais perceber porquê.

Em primeiro lugar, devo dizer que este livro foi muito além das minhas expectativas. É realmente muito, muito bom (!!!), pelo que o aconselho a todos os pais.

Está dividido em 5 grandes capítulos.

O primeiro capítulo fala dos diferentes tipos de educação e do que acontece quando escolhemos cada um deles. Explica igualmente o que é a Parentalidade Positiva, os seus benefícios e como aplicá-la na prática. Fala ainda da importância das regras e limites na educação de crianças felizes e da importância da felicidade dos pais.

Com o segundo capítulo entramos na área das neurociências. Aqui é explicado como se desenvolve o cérebro da criança e como esse desenvolvimento influi nas suas reacções e comportamentos. Mostra-nos como podemos ajudar os nossos filhos a criarem melhores conexões cerebrais. Fala ainda do que se passa no cérebro dos nossos filhos quando têm uma birra e como devemos reagir perante a mesma.

O terceiro capítulo dá-nos sugestões para ensinarmos os nossos filhos a serem mais resilientes, a terem uma auto-estima mais saudável e a serem mais inteligentes emocionalmente. Aborda ainda questões como a concentração (indicando uma lista de actividades para a estimular) e o bullying.

O quarto capítulo indica-nos como podemos comunicar de forma mais eficaz. Chama-nos à atenção para o impacto do nosso discurso nos nossos filhos, dando-nos sugestões para um uso mais benéfico da linguagem (por ex. criando oportunidades para dizer mais vezes «sim»). É ainda salientada a importância da escuta activa, de falar a verdade (adaptando o discurso à idade da criança) e de usar linguagem não violenta.

No quinto e último capítulo fala-se de como conseguirmos a cooperação dos nossos filhos, através do reforço do vínculo parental (indicando-nos sugestões práticas para o efeito). Dá-nos também algumas ideias para conquistarmos a autoridade que os nossos filhos precisam, aquela que fará com que os miúdos sintam as regras lá de casa como suas. É ainda referido que ao invés de castigar e punir, podemos envolver as crianças nas decisões e torná-las responsáveis pelos seus comportamentos.

Outros dois aspectos que me agradam neste livro, é o facto de vir recheado de casos práticos e de exemplos concretos (sobre o que dizer ou fazer em certas situações, para melhores resultados).

Em suma, um excelente livro para nos ajudar a criar crianças resilientes, com uma auto-estima mais saudável e, sobretudo, felizes. 

Foto: Wook
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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Pensamento/Lema da semana #298


"Uma marca invariável de sabedoria, é conseguir ver milagres nas coisas comuns."
Ralph Waldo Emerson

Foto: akamarpreet 
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quinta-feira, 16 de junho de 2016

50 Factos sobre mim


Hoje vou escrever um post diferente, novamente para dar resposta a questões que me colocam por e-mail. Não sei bem porquê, mas são várias as pessoas que fazem perguntas mais direccionadas à minha vida pessoal e percurso de vida, do que propriamente aos temas do blog. Se bem que foi o meu percurso que fez com que começasse a escrever e, por sua vez, o blog tem sido uma influência benéfica na minha vida. Em tempos fizeram-me o desafio de responder à tag "50 factos sobre mim", pelo que vou aproveitar a deixa e falar então um pouco mais da minha pessoa. Mas 50 factos? Jesus, isso é muita coisa...

1 - Nasci quando os meus pais já tinham 39 e 40 anos. Isto porque tive uma irmã que viveu antes de mim, mas infelizmente faleceu atropelada e logo no dia de Natal. Foi um episódio muito triste na vida dos meus pais, e eu vim como que para lhes dar uma nova alegria, um raio de esperança nas suas vidas. A minha mãe contava-me que pedia a Deus que eu fosse em tudo parecida com a minha irmã (ela era muito boa menina), excepto numa característica física... gostava tanto de ter uma menina com caracóis... e não é que teve?!

2 - Vivi a minha infância numa aldeia, mas ainda com bastante habitantes (cerca de 3000 na altura) e a uns meros 7 km da cidade. Por isso nunca me senti verdadeiramente do campo, nem da cidade. Acho que aproveitei o melhor dos dois mundos.

3- Aprendi a ler e apaixonei-me pela leitura aos 3 anos. Acreditem que se me perguntassem se queria um livro ou uma boneca, eu escolhia o livro. As minhas leituras favoritas na altura eram as revistas do Pato Donald (Chiu! Não digam nada, mas ainda hoje gosto!).

4 - Os meus pais tinham uma horta, pelo que me fartei de brincar ao ar-livre. Tinha um baloiço de madeira. Fazia "bolos" e construções com terra e florzinhas. Andava de botas de borracha na ribeira. E comia fruta realmente docinha e biológica (nada a ver com a dos hipermercados). Por vezes chamávamos amigos e família e fazíamos verdadeiros piqueniques ao ar-livre. Era o máximo!

5 - Em criança também adorava ver desenhos animados (quem não gostava?). Os meus favoritos eram sem dúvida "A Ana dos Cabelos Ruivos" e a "Alice no País das Maravilhas". Também me deliciava com o programa "Clube Amigos Disney". Quanto a séries, adorava ver o MacGyver. Ao Domingo era dia de comer frango frito com batatas fritas e de assistir ao MacGyver.

6 - Tive uma bisavó que numa fase da sua vida, supostamente começou a ver fantasmas. Já as coisas estranhíssimas que aconteciam lá por casa, todos poderiam ver. Gavetas que se abriam sozinhas, objectos que eram mudados de lugar a meio da noite, a torneira que se abria sozinha para um balde mas que nunca se enchia com a dita água... Eram noites arrepiantes! Supostamente foi alguém que não cumpriu uma promessa, por isso chamava a atenção lá do outro lado. Depois de cumprida a promessa pela minha bisavó, nunca mais ela voltou a ver fantasmas, nem ocorreram episódios estranhos lá por casa. Isto foi-me contado, pois a minha bisavó faleceu quando eu tinha apenas 1 ano. Mas foi uma das histórias mais faladas da aldeia.

7 - Tive também um trisavô bastante polémico. Conta-se que alguém veio de fora para o matar, mas foi ele quem assassinou a outra pessoa. Pior, reza a lenda que ainda se sentou em cima do outro a beber um garrafão de vinho. O que é facto é que foi desterrado para uma colónia e nunca mais voltou a Portugal (pobre da esposa e dos seus filhos). Entretanto, os meus tios e pai só souberam dele porque foi anunciado na igreja que ele tinha tido um filho por lá, mas este não tinha deixado descendentes. Assim, tínhamos uma herança para receber (o trisavó tinha feito uma fortuna gigantesca por lá). Contudo, parece que os prazos legais tinham expirado e quem ficou com a dita fortuna foi o Estado...

8 - O meu animal de estimação era um gaio. Dizia "olá", ladrava, miava... De cada vez que me via começava a saltar e a abrir o bico, porque era viciado em pinhões (petisco que eu lhe dava com frequência). Mas hoje seria incapaz de ter um pássaro em casa. Acho muito triste vê-los numa gaiola... por maior que seja.

9 - Infelizmente passei parte da minha infância doente. Estive internada umas 9 vezes, quase todas por crises graves de bronquite asmática (exceptuando uma vez, quando apanhei brucelose e deixei de andar). Talvez por isso, hoje evite os hospitais a todo o custo. Também me fizeram todo o tipo de testes e de tratamentos. E aquilo só melhorou quase na adolescência... com fisioterapia (incrível!).

10 - Também na adolescência tive a minha quota-parte de tragédias. Assisti a todo o tormento que a minha mãe passou, com um terrível cancro. Faleceu quando eu tinha 13 anos e esse meu aniversário foi passado no hospital. Um ano depois, o meu avô que parecia estar bem de saúde, morreu mesmo à minha frente. Teve um enfarte. Tive de ser eu a dar a notícia a alguns dos seus filhos. Tudo isso e principalmente a falta que a minha mãe me fez, foi uma fase muito má. Senti-me muito em baixo e acabei com uma depressão.

11 - Escrevo diários desde os meus 8 anos (recentemente deixei de o fazer, por falta de tempo). Não imaginam como é bom reler sobre os momentos bons em que a minha mãe ainda estava comigo. Parece que vivo esses momentos outra vez. É realmente terapêutico!

12 - Sempre adorei música e cantar. Tive aulas de órgão/piano, participava num grupo Carnavalesco e passei a minha adolescência a cantar por aí - venci inclusive alguns concursos. Entretanto deixei-me disso, por falta de disponibilidade. Mas enquanto durou, foi óptimo.

13 - Apesar de hoje escrever sobre felicidade e optimismo, já fui bastante pessimista. A minha família no geral influenciou-me nesse aspecto, pois têm tendência para o pessimismo. Mas faço uma excepção à minha tia N. (o optimismo em pessoa) e à minha falecida avó materna (apesar dos problemas, encarava tudo com uma descontracção incrível). Quanto a mim, melhorei bastante graças a este blog.

14 - Sempre adorei Psicologia. Não optei por este curso, porque na altura havia muito desemprego na área. Ainda assim, consegui ter a melhor nota de toda a escola no exame nacional. Tive 18, o que foi bastante bom, para quem não teve tempo de estudar um capítulo do livro e teve de fazer um texto pormenorizado, justo sobre esse tema.

15 - Aprendi a cozinhar sozinha com a ajuda de revistas, livros de receitas e programas de TV (sim, sou uma fã do masterchef!). E a verdade é que me apaixonei pela cozinha. Ando sempre a inventar e a experimentar coisas novas. Por vezes faço umas asneiras, mas no geral corre bem.

16 - Também sou um bom garfo. Se há alguma comida diferente... lá estou eu (e o meu marido, que é igualzinho a mim) para experimentar. E apesar de adorar a culinária portuguesa, confesso que o meu prato favorito é «moqueca de peixe e camarão».

17 - Já escrevi  um livro relacionado com o meu trabalho. Adorei esse projecto! Quem sabe se um dia voltarei a escrever...

18 - Adoro fazer road trips por Portugal e pelo estrangeiro. Aliás, prefiro gastar dinheiro em viagens (e livros) do que noutros bens como roupas, gadgets, etc.

19 - Casei com o amor da minha vida no dia em que fiz 24 anos... a 24 de Julho do ano 2004.

20 - Ainda hoje guardo 3 jornais: o do meu dia de casamento e os dos dias do nascimento dos meus filhos.

21 - Se pudesse viveria à beira mar. O som, o cheiro e a vista do mar fazem-me realmente relaxar. Até acho a minha cidade quase perfeita... mas falta-lhe o mar.

22 - Comprei a minha casa pela vista que tinha. Definitivamente, uma paisagem bonita consegue fazer maravilhas, mesmo após um dia stressante.

23 - Não convivo muito bem com 2 tipos de pessoas. Pessoas arrogantes que acham que têm sempre razão e que pensam que já sabem tudo - por isso não precisam da opinião de ninguém e muito menos de aprender mais. O segundo grupo são as pessoas maldosas que não revelam qualquer empatia pelos outros, fazendo-lhes mal sem pensar nas consequências. Normalmente afasto-me deste tipo de pessoas, porque as emoções negativas que transmitem, quer queiramos quer não, acabam por nos afectar.

24 - Desde que me conheço, que (felizmente) não tenho o hábito de me comparar com os outros. Costumo ficar genuinamente satisfeita com as pessoas que conseguem alcançar os seus objectivos com o seu esforço ou quando têm uma vida feliz. Não sinto inveja, vejo antes estas pessoas como uma inspiração.

25 - O excesso de trabalho, a falta de objectivos e o facto de viver em constante correria, fizeram com que questionasse a forma de vida que estava a levar. Isto aconteceu durante a gravidez da minha filha. Cheguei a pedir a Deus para me indicar um caminho mais feliz. Foi justamente a partir daí que comecei a mudar muita coisa na minha vida. Este foi inclusive o pontapé de saída para a criação deste blog.

26 - Quando escrevo no blog, ao contrário de muita gente, não falo só dos meus sucessos mas também das minhas dificuldades. Não há vidas perfeitas e acredito que se tentasse mostrar isso, para além de ser mentira, iria deprimir quem passasse por aqui e começasse a pensar que a sua vida não é assim tão perfeita. Prefiro ser realista! Opto por falar das minhas dificuldades, do que vou fazendo para as superar e também de quando sou bem-sucedida. A ideia é mostrar a mim mesma e a quem me lê, que mesmo que surjam problemas no caminho, é possível recuperar e seguir em frente em direcção aos nossos sonhos.

27 - Apesar de escrever num blog, se reparem não sou pessoa de falar muito da minha vida privada. Falo em termos gerais de situações do meu dia-a-dia, sem mostrar fotos muito explícitas ou sem dar grandes detalhes. Não é por mal, simplesmente sou uma pessoa reservada. Por isso responder a esta tag, constituiu um verdadeiro desafio.

28 - Por vezes sou muito crítica comigo mesma. Ou porque o meu cabelo não me está a agradar, ou porque fiquei com alguma barriga após o segundo parto ou porque a casa está desarrumada... Preciso mesmo de melhorar neste aspecto.

29 - Outro dos meus defeitos, que no fundo está relacionado com o anterior, é a tendência para o perfeccionismo (uma característica que não abona nada a favor da felicidade). Quando dou por mim, lá estou eu a empenhar-me excessivamente nas arrumações, na cozinha, no trabalho... Tenho de descontrair mais, porque se perder menos tempo em pormenores, ganharei em momentos felizes.

30 - O meu único vício... são os livros. Não consigo resistir-lhes e como só compro livros que adoro, são das poucas excepções que se safam ao destralhe.

31 - Os livros não me proporcionam só horas de prazer, recorro a estes para melhorar a minha vida. Acredito por exemplo que hoje não estaria mais feliz, se não tivesse lido sobre estratégias para aumentar a felicidade. Não teria amortizado totalmente o empréstimo da casa, se não tivesse lido o livro "A Economia lá de Casade João Martins. E estes são só 2 exemplos... Uso os livros para aprender, mas também aplico na prática o que estes ensinam (desde que me pareça útil, claro).

32 - Tenho imensa dificuldade em acreditar em coisas que não tenham sido provadas pela ciência. Mesmo quando um livro aborda o tema «felicidade», dificilmente o leio se não tiver base cientifica.

33 - Apesar da necessidade de ter provas para tudo, há uma excepção: acredito e tenho fé em Deus. Não creio propriamente em religiões, mas em Deus sim.

34 - Algo que me faz muito feliz é a capacidade de ver beleza nas pequenas coisas. Assistir ao nascer do sol, sentir o cheiro a café, ouvir o som dos passarinhos... são coisas aparentemente simples que «fazem» o meu dia.

35 - Quando não posso sair e quero relaxar um pouco, basta-me ver imagens lindas na Net ou no meu computador, que fico logo mais zen. Sou uma apaixonada por fotografia e talvez seja por isso que a minha rede social favorita é o Instagram. (Já que falo de imagens lindas, espreita só dois dos perfis que sigo: o "Got to Love This" e o "Alberto Dros Photography").

36 - Não acredito que basta desejar muito uma coisa para ela acontecer. Penso que o desejo deve vir acompanhado de acções concretas, para que seja possível realizar os nossos sonhos. E essa é outra actividade que adoro: realizar tarefas diárias para alcançar os meus sonhos (já alcancei vários sonhos desta forma). A verdade é que a satisfação não vem só de alcançar a meta, o processo para lá chegar também pode ser bem divertido.

37 - Já fui muito desorganizada, mas hoje sou apaixonada por «organização». Gosto imenso de planear, elaborar esquemas e executar tarefas que facilitem a minha vida. Organizar-me é outra coisa que me diverte - como se de um jogo se tratasse.

38 - Adoro, mas adoro mesmo ser mãe! Para além do amor gigantesco pelos meus dois filhos, estou sempre empenhada na sua educação. Leio livros educativos, tento implementar ideias que me pareçam interessantes, organizo actividades em família... Só o que me entristece é que nem sempre tenho tempo para tudo. Gostava que os meus filhos pudessem ter uma vida mais calma, mas nem sempre consigo proporcionar-lhes isso.

39 - Sinto que ando sempre a correr. Tenho a minha agenda sempre preenchida e mesmo durante o dia estou sempre a chegar aos locais em cima da hora - isto, pelo excesso de tarefas. Algo que tenho mesmo de melhorar é a gestão do meu tempo (ah! É por isso que tenho tanta dificuldade para responder aos e-mails do blog e ultimamente escrevo poucos posts. Não é por má vontade, é mesmo por falta de tempo).

40 - Em compensação não sou pessoa de ficar de braços fechados à espera que algo milagroso aconteça. Estou sempre a pesquisar soluções e a tentar novas estratégias para resolver os meus problemas (incluindo os de falta de tempo). E é graças a essa postura, que a minha vida tem melhorado.

41 - Adoro ouvir música ou assistir a programas no youtube (sobre organização, desenvolvimento pessoal...) enquanto realizo as minhas tarefas domésticas. Já se estiver a escrever no blog, tem de ser em silêncio.

42 - Não assisto muita TV, mas quando o faço gosto igualmente de assistir a programas inspiradores: documentários na área da psicologia positiva, programas de culinária (ai, ai meu querido 24 Kitchen!), de viagens e decoração (gosto imenso do House Hunters Internaticional e outros programas de viagem no Travel Channel, gostava também do Portugueses pelo Mundo na RTP), de anti-tralha e organização (por ex. o Obsessive Compulsive Cleaners no TLC ou o Santa Ajuda na TV Globo), de história/genealogia (antigamente adorava assistir ao Who do you think you are?). Ou seja, gosto disto tudo, vejo é poucas vezes! Quanto a filmes gosto imenso de aventura (especialmente quando têm de ser desvendados enigmas ao longo do filme), thrillers e, não sei porquê, mesmo que um filme seja de qualidade duvidosa, não resisto aqueles de ficção científica sobre catástrofes naturais (que acabam em bem, claro)...

43 - Compro produtos de limpeza ecológicos, e opto por produtos de beleza não testados em animais. Quanto a comprar alimentos biológicos, lá tentar eu tento, mas nem sempre é possível (por falta de oferta na zona onde vivo).

44 - Tenho um fascínio pela vila de Sintra, o antigo «monte da Lua». A sério, aquele lugar parece meio mágico! Tem paisagens de cortar a respiração: floresta, serra e ainda se avista o mar. Toda a história por detrás daqueles palácios e todo o misticismo que a envolve, exercem em mim uma atracção que de tempos a tempos me «obrigam» a regressar.

45 - Para mim, um momento perfeito nas férias, é deitar-me numa espreguiçadeira rodeada de uma paisagem deslumbrante, a ler um bom livro. É super-relaxante!

46 - Tenho um fascínio inexplicável pelos sons da noite. Gosto de estar na minha cama quentinha a ouvir a chuva, ou até o vento, o som de uma mota a passar... Parece que à noite soam diferente e sinto-me bem por saber que estou no conforto dos meus lençóis.  Outras vezes, quando já todos dormem, coloco uns fones nos ouvidos e enquanto ouço as minhas músicas favoritas, sento-me a olhar para esta paisagem nocturna. É inexplicável como isto me faz bem.

47 - Tirando as caminhadas no meio da Natureza, nunca fui fã de exercício físico. Contudo, recentemente conheci o Yoga... e não é que sinto que me estou a apaixonar por esta prática? Deus queira que desta vez seja para valer!

48 - Gosto imenso de praticar meditação. Só tenho pena de não ter tempo para praticar todos os dias, pois vontade não me falta.

49 - Quem lê sobre felicidade, sabe que uma estratégia sugerida (recorrentemente) é escrever um «diário de gratidão». Já tentei, mas comigo parece não funcionar... Assim, prefiro jogar com a minha filha o «jogo das 3 coisas boas», cujo objectivo é dizer no mínimo 3 coisas que aconteceram de bom durante o dia. Ao deitar, lá estamos nós a praticar. Parece que assim terminamos o dia com um sorriso nos lábios.

50 - Sou mais feliz hoje em dia, do que quando comecei este blog. Por isso, aprender a ser feliz e escrever neste cantinho é algo que tem valido (muito!) a pena.

««»»

E agora que já abri o livro da minha vida, convido-te a fazer o mesmo (mesmo que seja só em privado). A verdade é que este exercício serviu também de reflexão. Percebi que no fundo os principais obstáculos à minha felicidade são o perfeccionismo e a falta de tempo. Mas também percebi que ler e implementar as estratégias que aprendo, vale muito a pena. Por isso, há que intervir nos meus pontos fracos e continuar a investir nos pontos fortes.

E tu? Aceitas o desafio?

Foto: George Thomas
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segunda-feira, 13 de junho de 2016

Pensamento/Lema da semana #297


"Se não tivermos um processo contínuo de organização, 
a barafunda volta em pouquíssimo tempo 
e, aí, não adianta sentar-se e chorar, ou pior: fechar a pestana do e-mail no navegador 
e fingir que ele não existe até lhe acedermos novamente. 
Trata-se de uma escolha que deve fazer se precisa ou quer organizar-se, sem desculpas." 
Thais Godinho

Foto: Ikea - Coleção kejsarkrona
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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Pensamento/Lema da semana #296


"Nós não compramos coisas com dinheiro. 
Nós compramo-las com horas das nossas vidas.
Joshua Becker

Foto: Kamakshi Sachidanandam
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quarta-feira, 1 de junho de 2016

Tornar os brinquedos realmente educativos ou como estou fã do Método Montessori

Recordo com saudades a minha infância. Quando regressava da escola estava ansiosa por me despachar com os TPC's para poder brincar. E era brincadeira quase até deitar, somente com uma pausa para jantar. Jogava ao elástico, fazia puzzles (inclusive ao contrário), brincava às mamãs com as minhas barriguitas, lia bastante... E não me faltava imaginação se não tivesse brinquedos! Sequestrava uma panela pequenina da minha avó, arrancava folhas de oliveira que fingia serem peixinhos e pronto, lá ia brincar «aos restaurantes». 

Que pena que as crianças de hoje estão a perder tudo isso. Por norma têm demasiados brinquedos, de que se cansam rapidamente. São entupidos com actividades organizadas, restando pouco tempo para a brincadeira criativa. Para não falar da actividade completamente passiva que é ficarem coladas à TV. A brincadeira está realmente a perder espaço...

Há uns tempos observava justamente que o Luquinhas (que agora tem 1 ano e 4 meses) já tinha excesso de brinquedos e não se entretia a brincar com nada. Preferia explorar tudo e mais alguma cá por casa (as minhas panelas, as flores da varanda, as molas da roupa...). 

Por isso comecei a pensar que gostaria de dar um uso mais significativo aos seus brinquedos. Gostaria que fossem mais educativos. Que a brincadeira o divertisse, mas também estimulasse a sua criatividade e concentração. Foi aqui que me reencontrei com o Método Montessori (já tinha ouvido falar nele numa cadeira da universidade, mas na altura não lhe dei importância). Entretanto, comecei a pô-lo em prática e actualmente estou absolutamente fã.

O método Montessori
Este método educativo foi criado pela médica e pedagoga Maria Montessori, tendo por base as suas pesquisas científicas. A ideia é proporcionar um ambiente estimulante (através de actividades e materiais didácticos) que desperte a curiosidade natural da criança, a sua vontade de explorar e de aprender. Passa por dar-lhe liberdade de escolha relativamente às brincadeiras e brinquedos (sempre tendo em conta a segurança e a adequação à idade), para que cada experiência seja uma oportunidade de aprendizagem. Podes conhecer mais pormenorizadamente os princípios deste método num artigo que encontrei na Net: "Método Montessori: 10 Pricípios para Educar Crianças Felizes".

O que mudei cá por casa

1 - Guardei parte dos brinquedos e deixei os brinquedos disponíveis mais organizados.
Antes o cestinho ao lado estava a abarrotar e com tudo em monte. Agora estão dispostos de forma mais atractiva. 

O facto é que demasiados objectos trazem informação excessiva para o cérebro da criança. Ela sente mais dificuldade em focar-se. Farta-se rápido dos brinquedos, ansiando sempre por algo diferente. Esta dificuldade de concentração torna a aprendizagem mais difícil.

Por outro lado, a ordem também é importante, dado que as crianças aprendem melhor em ambientes arrumados e agradáveis à vista. É por isso que no fim de uma brincadeira, desde bem cedo, é importante ensinar a criança a arrumar os brinquedos (mesmo que seja com a nossa ajuda).

2 - Perodicamente, vou rodando os brinquedos. Guardo alguns que não lhe despertam mais interesse e exponho novamente algum brinquedo guardado. 

Ah, ah...! Achei piada como quando surge um problema, a criatividade dos miúdos entra em acção. Há dias, quando mostrava este pianinho ao Lucas (um dos brinquedos que tinha guardados), ele começou de imediato a tocar com os seus dedinhos. Mas as pilhas terminaram e ele tentou de tudo para resolver... inclusive tocar com os pés. Depois lá lhe mostrei como colocando pilhas novas aquilo voltava a funcionar.

Quando guardarei este brinquedo novamente? Quando ele perder o interesse no mesmo. Não estou a falar de não querer brincar um dia. Estou a falar de estar mesmo muito tempo sem lhe ligar nenhuma.


3 - Criei cantinhos com brinquedos que estimulem os vários sentidos, por diversas áreas da casa.
A ideia dos cantinhos é para que ele tenha estímulos nas diversas partes da casa. Assim, tem brinquedos na sala-de-estar, no quarto, na cozinha e na casa-de-banho com banheira. E não, não cria excesso de desarrumação - se os brinquedos não forem excessivos e se os arrumarmos no fim da brincadeira. Por exemplo na cozinha apenas tem uma caixinha com peças de empilhar e umas panelinhas com os quais gosta de fazer barulho.

Os bebés aprendem através dos 5 sentidos, pelo que é importante que o que está disponível para brincar, tenha diferentes texturas, formas, sons, temperaturas. O brinquedo ao lado permite isso mesmo. Tal como uma roca estimularia a audição, uma esponja fofinha o tacto, uma panelinha que é mais fria ao toque também o tacto, brinquedos coloridos a visão, etc.

Um aspecto importante é que nem só os brinquedos de loja servem para divertir uma criança. Alguns objectos do dia-a-dia, podem ser apropriados para a brincadeira: uma colher de pau e uma panelinha fazem um excelente tambor, um frasco de champô vazio pode trasformar-se num barquinho, uma caixa de pastilhas pode servir de roca... Claro que antes de darmos estes objectos à criança temos de garantir que não são demasiado pequenos, que estão devidamente lavados e que as tampas estão bem seladas. Muita brincadeira, mas com segurança!

4 - Convido-o a participar nas minhas tarefas - assim brinca e aprende ao mesmo tempo.
Quando lhe dou banho, ele é que coloca os brinquedinhos na banheira. Peço ajuda para ele esfregar o corpo, para se pentear... É o máximo! Claro que não faz tudo correctamente, não é isso que importa. O que interessa é que ele aprenda com a prática.

Também o convido a dar-me as molas quando estendo a roupa (às vezes entorna o resto do cesto, mas isso é um pequeno detalhe...), a colaborar na jardinagem (ai a terra dos meus vasos!), a escolher a frutinha para o seu jantar, etc.

Passado algum tempo ele pode perder o interesse e querer fazer outra coisa. Não importa. Estas tarefas são importantes justamente para treinar a concentração e para os ensinar a fazerem as coisas por si mesmos.

5 - Explico inicialmente como funciona um brinquedo, uma tarefa ou actividade. Mas depois deixo-o explorar sozinho.
Por vezes, nós, pais, interferimos demasiado com as brincadeiras das crianças. Se ela está a brincar de forma considerada «errada», lá vamos nós querer fazer as coisas por ela. Mas isso não é certo, estamos a minar-lhe a autonomia. Ela aprende justamente fazendo, errando, testando. Temos de aprender a controlar a nossa ansiedade de querer tudo bem feito.

6 - Opto por brinquedos que estimulem a sua criatividade, concentração e coordenação.
Estes brinquedos são por vezes os mais simples: peças de empilhar, rocas, legos, cubos com peças de encaixe, etc. Os mesmos exigem mais criatividade e movimento de mãos do que  «brinquedos» que já fazem tudo (robots; bonecas que andam, fala, rolam, etc.; a televisão...). Deste modo, estimulam a concentração, a coordenação e a criatividade das crianças.

Li um artigo muito interessante sobre os efeitos nas crianças dos brinquedos que brincam sozinhos (espreita aqui). Percebi que mesmo sem ser nossa intenção, estamos a fazer com que as crianças tenham cada vez menos espaço para a brincadeira criativa (pelo excesso de actividades extra-curriculares, de brinquedos e de TV, mas também pela oferta de brinquedos desadequados).

Aqui está o meu parque de bebé, agora usado pelo Lucas (já que o da Letícia tinha peças menos resistentes... sem comentários!), Tem muito menos brinquedos do que há uns tempos atrás. Mas a verdade é que agora o Lucas presta-lhes muito mais atenção. Os seus preferidos são as bolas de empilhar e o cubo com peças de encaixe. Curiosamente, os que puxam mais pela criatividade.

7 - Coloquei os brinquedos numa altura acessível à criança.

Isto permite-lhe ter liberdade de escolha para decidir com quais brinquedos, ferramentas ou materiais quer brincar.

Claro que isto não significa que não existam regras. Ele ainda é muito pequenino, mas estou desde já a tentar ensinar-lhe por exemplo a arrumar no fim da brincadeira (tento fazer disso também um jogo). Por outro lado, volto a frisar que tudo o que é deixado disponível deve ser seguro!

Aquela prateleira com brinquedos é só um dos cantinhos que o Lucas tem disponíveis à sua altura. Ele também se diverte com outros materiais acessíveis - que não são propriamente brinquedos (as minhas molas da roupa que o digam...).

A verdade é que se constatou que as crianças aprendem mais e absorvem mais informações, quando lhes é permitido fazer as suas escolhas. Isto estimula a sua independência e auto-disciplina.

8 - Comecei a realizar algumas actividades do método Montessori.
Podes encontrar várias sugestões na Internet, de actividades baseadas no Método Montessori. Basta pesquisares um pouco.

A imagem ao lado mostra o que utilizei para realizar a actividade da "Cesta dos Tesouros". Trata-se de uma actividade para bebés, em que colocamos num recipientes vários materiais/brinquedos  para a criança explorar (no máximo 10, para não estimularem excessivamente). Estes devem ter diferentes texturas, formas, cores, temperaturas, sons... A ideia é que a criança possa descobrir novas sensações e aprender através das mesmas. 

Claro que vamos variando os objectos. Podemos utilizar utensílios do Lar (ali tenho por exemplo uma colher e uma forminha de queque), materiais da natureza (conchas grandes por ex.), instrumentos musicais, brinquedos, tecidos atoalhados, sacos de cheiro, livrinhos, etc. Devemos evitar colocar somente brinquedos de plástico, pelo facto de apresentarem sempre textura semelhante.

Esta actividade, que é só uma das muitas que podemos realizar, ajuda a criança a desenvolver a coordenação motora, a sua criatividade e concentração. 

O Lucas entretém-se imenso tempo a explorar as "Cestas dos Tesouros". Entre outras coisas, olha o que fez há dias com alguns dos objectos que encontrou. (Nota: a caixa de pastilhas, que funciona como «roca», está sempre protegida para que ele não a possa abrir. Antigamente usava cola, mas actualmente enrolo fita-cola à volta. Segurança acima de tudo!).

Mais abaixo deixo-te um vídeo absolutamente ternurento da Flávia Calina. Ela já trabalhou como Educadora de Infância numa escola que utilizava o Método Montessori. Presentemente utiliza as técnicas que aprendeu com a sua filha bebé. Neste vídeo mostra-nos uma variedade de materiais que podem servir de brinquedos, assim como a referida actividade "Cesta dos Tesouros".


Como está a correr a aplicação do Método Montessori
- Para já noto que o Lucas está muito mais interessado e concentrado na exploração dos brinquedos. Demora mais tempo a explorar cada objecto e a perceber a sua utilidade (por vezes dá-lhe até utilidades que eu não previa). Não se cansa tão rapidamente do que tem disponível.
- Não necessito de recorrer a artifícios como a TV para ele estar entretido, enquanto realizo alguma tarefa. Coloco uma mantinha na divisão da casa onde estou e ele fica entretido a brincar e, de vez em quando, a «conversar» comigo. Claro que também vê desenhos animados, mas sem cair em exageros.
- Sinto que a casa está mais arrumada e os brinquedos mais organizados. Antigamente eram montes de brinquedos por todo o lado, uma confusão. Claro que na parte de arrumar, eu tenho sempre de o ajudar. Mas não há mal nisso.

Em suma, estou realmente a adorar este método! E creio que o Lucas também.

A propósito, já que hoje é dia 1 de Junho: Feliz Dia da Criança!!!

Fotos: Mafalda S. 
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