sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Vidas inspiradoras. Rainha D.ª Amélia: seguir em frente, apesar das tragédias

Nos últimos tempos tenho lido biografias de personalidades históricas. A verdade é que nos podem servir de inspiração. Podemos aprender com os seus exemplos de persistência e retirar lições da forma como lidaram com as adversidades.

Há dias terminei a leitura de "Rainha D.ª Amélia - Uma Biografia" de José Alberto Ribeiro, e fiquei surpreendida com o exemplo de vida daquela que foi a última rainha de Portugal.

D.ª Amélia, filha do pretendente ao trono francês, nasceu a 28 de Setembro de 1865, quando os pais estavam exilados na Inglaterra. Ainda assim, pouco depois, com a queda de Napoleão III, puderam regressar a França. A infância apesar de tudo parece ter sido feliz. A rainha guardava boas recordações desse tempo, da relação com os irmãos, dos momentos passados em casa dos avós... Teve uma educação primorosa e viajou bastante pela França. Conheceu as belezas do seu país e apaixonou-se pela arte e cultura.

Mas com a vinda para Portugal, parece que tudo começou a correr mal. Um sobrinho escritor, chegou a apelidá-la de «tragédia ambulante»!

Quando estava para casar, o povo francês ficou entusiasmadíssimo. Colaborou inclusive nos presentes para a noiva real. O que é certo, é que nessa altura a popularidade da família real cresceu tanto, que os republicanos começaram a ficar preocupados. Então lembraram-se de publicar uma lei, para que nenhum pretendente ao trono pudesse permanecer em território francês. Os pais de D.ª Amélia, tiveram de sair do país, novamente exilados em Inglaterra. Imagina como D.ª Amélia se deve ter sentido...

No casamento, de início tudo corria bem. D. Carlos e D.ª Amélia demonstravam cumplicidade e aparentavam ser felizes, até porque partilhavam muitas paixões: os cavalos, o desenho e pintura, os passeios, os livros... Mas foi sol de pouca dura. D. Carlos, logo se começou a encantar com outras mulheres, deixando a rainha frequentemente só. Acabou profundamente desgostosa com o casamento.

D.ª Amélia teve três filhos, dois rapazes e uma menina. Mas a pequenina, que nascera prematura, sobreviveu apenas umas horas.

No próprio dia em que o marido foi aclamado rei, parecia antever-se a desgraça futura. Acabados de regressar das cerimónias de aclamação, souberam da morte súbita da sua familiar, a imperatriz do Brasil que se encontrava no Porto. O filho mais velho tinha estado todo o dia de cama, com febre. No dia seguinte, o rei era muito aplaudido e a rainha acabou cheia de dores, porque torceu um pé. Uns dias depois o governo Inglês fez um ultimatum a Portugal para que desocupassem os territórios entre Angola e Moçambique em 24 horas.  A partir daqui o rei começou a ser muito criticado, o que aconteceu ao longo de todo o seu reinado. Enfim, um princípio de reinado bem azarado...

A rainha recebia com frequência cartas anónimas insultando-a, enquanto crescia a contestação à monarquia. Os próprios monárquicos não se entendiam, vivendo-se um clima de intrigas no seio político. Entretanto a 1 de Fevereiro de 1908 assassinaram o seu marido e o filho mais velho. Neste episódio, a rainha manteve-se de pé, a tentar proteger o filho mais novo, enquanto batia com um ramo de flores no assassino. Dois anos depois, a monarquia caiu, e ela juntamente com o filho foram exilados para Inglaterra.

Apesar de D.ª Amélia ter muitos amigos, tinha bastante cumplicidade com dois deles: Mouzinho de Albuquerque e "Pepita". Mouzinho foi um herói nas suas campanhas pelo continente africano. Mais tarde tornou-se professor do seu filho mais velho. Mas o esquecimento e até críticas aos seus feitos em África, acabaram por levá-lo ao suicídio. A condessa de Figueiró, carinhosamente chamada de Pepita, era a sua melhor amiga, sempre presente nos bons e maus momentos. Mas infelizmente, também morreu cedo demais.

Entretanto, o único filho sobrevivente, D. Manuel II, havia casado. Mas a noiva ainda na lua de mel, adoeceu quase de imediato. Ficou internada durante algumas semanas e, apesar de ter recuperado, provavelmente ficou estéril. Ela e o marido, nunca conseguiram dar netos a D.ª Amélia.

Alguns anos depois, o filho Manuel morreu inesperadamente. Devido a uma reacção alérgica exacerbada, acabou por falecer com um edema da glote. Tinha 42 anos.

A rainha passou também pelas difíceis épocas das guerras mundiais. Pelo menos no último dos conflitos, apesar de ter dinheiro no banco, estava impedida de o utilizar. Vivia praticamente no escritório da casa (que também servia de quarto), com racionamento de alimentos e pouca lenha - apesar dos Invernos rigorosos, com temperaturas negativas.

Só perto do fim da vida regressou numa visita a Portugal. Passou pelos lugares que mais a marcaram. Sentia-se comovida, pelo afecto e entusiasmo demonstrado pelos portugueses. Pouco depois faleceu e, conforme seu desejo, foi sepultada em Portugal, junto do marido e dos filhos.

Quando faço estas leituras acerca de personagens históricas, devo dizer que não tenho qualquer fascínio pelo facto de ser da monarquia ou da república, pobre ou rica. O que mais admiro é a força quase sobre-humana demonstrada por algumas pessoas. 

D.ª Amélia tinha tudo para ser uma pessoa tremendamente infeliz e amargurada. Claro que sofria, mas a maneira como encarava a vida é para mim uma lição de resiliência. Vejamos como enfrentava as dificuldades:

- Mesmo que a sua vida de casada fosse um desastre, concentrou-se na educação dos filhos. Era uma mãe realmente exemplar e muito, muito carinhosa na forma como falava com os filhos (coisa que não imaginava para aquela época);
- Rodeava-se de amigos, que certamente lhe dariam alegria e também apoio nos maus momentos. Estava com eles frequentemente. Desde que saiu de Portugal, passava parte do ano a viajar, visitando os seus muitos familiares e amigos;
- Exercitava-se bastante. As caminhadas pela Natureza e por Lisboa eram constantes. E eram caminhadas longas, nada de ir lá fora uns 10 minutos. Também adorava andar a cavalo;
- Mantinha-se sempre muito ocupada: em viagens, a ler, a pintar, em eventos culturais e, sobretudo, cumprindo o seu dever de rainha... tarefa que levava muito a sério, mesmo depois de exilada;
- Era uma pessoa muito espiritual, com uma fé inabalável que lhe permitia seguir em frente. Usava muitas vezes a expressão latina fiat, que significa «faça-se» (de acordo com a Sua vontade);
- Apesar de se sentir muito triste em algumas ocasiões, não se concentrava em queixumes (mesmo nos piores momentos). Optava por se concentrar em agir e seguir em frente;
- Desenvolveu imensas actividades solidárias, creio que era uma das suas principais paixões. Visitava doentes em hospitais, visitava Instituições modelo buscando inspiração nas boas práticas, criou instituições, foi enfermeira voluntária durante a 1.ª Guerra Mundial, deu catequese, fez diversas doações. Fiquei admirada porque foi ela quem ofereceu uma bolsa de estudo a Domitília Carvalho, a primeira mulher a frequentar a Universidade de Coimbra;
- Em diversas situações, em que provavelmente a maioria das pessoas ficaria irritada, ela saía-se com uma piada (ou seja, ainda conseguia ter bom humor);
- O seu lema de vida, apesar de tudo o que passou, era «a esperança».

O autor da sua biografia refere que na última entrevista que deu, o jornalista se mostrou admirado pela ainda muita actividade em que D.ª Amélia se envolvia. A sua resposta é a meu ver muito inspiradora: "Não sei estar parada. É preciso dar à vida uma utilidade, uma preocupação qualquer. Chorar não remedeia nada. Enxugar as lágrimas alheias é esquecer um pouco as próprias lágrimas...".

Fiquei triste por ela, por ter tido uma vida tão cheia de tragédias. Mas, ainda assim, é um verdadeiro exemplo de resiliência.

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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Como manter a casa limpa e arrumada diariamente #7 - O tratamento de roupas


Desde que mudei a forma como encaro as tarefas domésticas, que se tornou mais fácil realizá-las. Presentemente tento vê-las não como uma obrigação, mas antes como uma forma de trazer energia positiva à minha casa. Isto porque um espaço acolhedor e agradável, influencia positivamente o nosso estado de espírito. Claro que se puder realizar estas tarefas no mínimo tempo possível, tanto melhor. A ideia é criar um lugar onde valha a pena viver, não trasformar-me numa escrava da casa.

Algumas técnicas facilitaram consideravelmente a minha vida e é disso que tenho falado nesta série de posts. Já falei do destralhe, da organização dos espaços, do planeamento das tarefas domésticas (alterei o mapa de tarefas publicado neste post, pois sempre que hajam alterações à minha rotina, faço os necessários ajustes), as rotinas a manter diariamente e as compras semanais.

Hoje falarei do tratamento de roupas, uma das tarefas que me dava mais trabalho. Eis várias sugestões que facilitam esta tarefa:

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58 - Nunca deixes roupa espalhada pela casa -  Quando deixas a roupa espalhada por cadeiras, pelo chão,  etc., mais cedo ou mais tarde vais ter de perder tempo a apanhá-la e organizá-la. Por isso, guarda a roupa logo que não necessites dela. Por exemplo, quando chegas da rua e já não necessitas do casaco, guarda-o de imediato no lugar. Faz sempre isto! Coloca as roupas sujas num cesto e as limpas no roupeiro.

Após uso, a roupa deve ser encaminhada para o sítio certo.
Roupa suja para o respectivo cesto, lavada para o roupeiro.

59 - Não deixes a roupa suja acumular -
Costumo lavar a roupa ao fim-de-semana, para aproveitar simultâneamente a tarifa bi-horária e a energia dos painéis solares. Contudo, quando tenho muita roupa, lavo também ao longo da semana (programo a máquina para lavar durante a noite, igualmente no período mais barato). A ideia de ir lavando, é não chegar a um ponto em que temos uma montanha de roupa para lavar e tratar. Fazer um pouco de cada vez, não dá tanto trabalho.

É preferível ir lavando, do que acumular uma montanha de roupa suja.

60 - Quando lavas, previne os vincos excessivos na roupa - Não enroles demasiado a roupa ao colocá-la na máquina, não a enchas excessivamente, sempre que possível opta por programas que não deixem a roupa tão enrolada (na minha existe o «ferro fácil», mas não gosto assim tanto) ou por temperaturas e centrifugações mais baixas (o meu método preferido, quando é possível, claro) e usa amaciador. Dizem-me que o uso de secadora, também facilita a deixar a roupa quase sem vincos (atenção que tecidos de lã podem encolher). Não tenho experiência com secadoras, mas todas as pessoas que têm, me dizem exactamente o mesmo.

61 - Quando estenderes a roupa, previne os vincos - Sacode-a de modo a desenrolá-la. Coloca as molas em cima das costuras, para evitar que marquem a roupa e, se possível, não deixes a roupa secar demasiado. Há quem estenda em cabides algumas peças (camisas, por ex.). Com estes cuidados, há muita roupa que não precisa sequer de ser engomada.

Colocar as molas em cima da costura das roupas,
previne que fiquem marcadas.

62 - No estendal, agrupa roupas semelhantes - A ideia é ires estendendo por exemplo uma meia junto do seu par, camisola junto das calças de pijama, etc. Desta forma, quando estiverem secas, de forma rápida, podem logo ser dobradas e guardadas.

Se ao estendermos a roupa reunirmos cada meia com o seu par,
fica mais fácil dobrá-las e arrumá-las, logo que estejam secas.

63 - Não necessitas de passar toda a roupa a ferro - Quando tiro a roupa do estendal, algumas peças dobro e guardo de imediato. Tal é possível se recorrermos às técnicas anteriores. Podes fazê-lo com meias, roupas interiores, alguns lençóis e toalhas, calças justas, etc.

Com as técnicas adequadas, pode-se prevenir muito trabalho de engomagem.

64 - Enquanto passas a ferro, reúne a roupa por montinhos, de acordo com as áreas onde as vais guardar - Eu costumo reuni-las em 5 grupos: as minhas roupas, as do marido, as da filha, as do filho e as roupas da casa (este último monte já nem costuma existir ou é muito reduzido). Depois, dentro de cada grupo, posso fazer sub-divisões por tipo de roupa (grupo dos casacos, das t-shirts, das calças, etc.). Na altura de arrumar, torna-se tudo mais rápido.

65 - Dobra a roupa, de forma a prevenir vincos - Usa os métodos de dobragem com os quais te sintas mais à vontade, mas que se revelem eficazes na prevenção de vincos. Não vou explicar métodos, porque podes encontrá-los disponíveis online (no youtube ou no pinterest por exemplo) ou em livros como o "Alegria" da Marie Kondo (tem ilustrações com dobragens dos mais variados tipos de roupa).

A forma como a roupa é dobrada pode prevenir vincos incómodos
e maximizar espaços no armário.

66 - Arruma a roupa de forma adequada - Para tal, podes seguir as seguintes sugestões:
a) evita sobrelotar os armários, pois isto faz com que a roupa ganhe vincos e corres o risco de teres de a engomar novamente;
b) dobra de forma a maximizar os espaços, pois se for dobrada de forma adequada pode poupar muito espaço no armário;
c) arruma de modo a que com um olhar rápido, consigas identificar imediatamente tudo o que tens;
d) coloca a roupa de uso diário, nos lugares mais acessíveis do armário;
e) faz uma revisão periódica da roupa (por ex. com a mudança de estação), de modo a libertares o armário do que não interessa e abrir portas para aquilo que necessitas.

Não sobrelotar o roupeiro, permite à roupa manter-se sem vincos,
tal como quando foi engomada.

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Espero que aos poucos o ambiente da tua casa se vá transformando. Que tudo fique mais acolhedor e adequado à tua filosofia de vida. E, sobretudo, que não tenhas demasiado trabalho, apenas a missão de trazer energia positiva ao teu espaço. O resto, será tempo para passares em família ou contigo mesmo/a. O importante é seres mais feliz!

O próximo passo será a «prevenção da sujidade». Mas esse será o tema de um próximo post.


Fotos: 1.ª Gadini; 2.ª The Picked Fence Projects; 3.ª Casa Decor; 4.ª e 5.ª Mafalda S.; 6.ª Morning Chores; 7.ª Gentelle Linen; 8.ª El Mueble; 9.ª pinkfoxy.
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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Pensamento/Lema da semana #364


"Quanto mais positivos formos em relação à nossa vida,
mais positiva ela será.
Quanto mais nos queixarmos,
mais infelizes seremos."
Oprah Winfrey

Foto: Jill 111
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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Os livros lidos e/ou comprados nas férias (Verão de 2017)

Nas férias, confesso que uma das coisas que me deixa mais feliz é sentar-me num cantinho relaxante, a ler um bom livro. Tão bom ter mais tempo para esta minha paixão: os livros, os meus queridos livros.

Este ano, li quase sempre numa varanda virada para o mar. Um lugar cheio de encanto! E com este prazer simples passei tardes deliciosas.

Vou por isso fazer um book haul, dos livros que li e/ou comprei nas férias. Mas desta vez não falarei só dos meus. Irei mostrar-te também os da minha filha, por considerá-los bem interessantes.

Os meus livros
Pessoas Que Nos Fazem Felizes - Perceba quem gosta realmente de si e liberte-se de relações tóxicas de Margarida Vieitez (especialista em mediação familiar e de conflitos e em aconselhamento conjugal) - Comprei este livro durante as férias. Achei-o muito interessante porque fala da influência que as pessoas à nossa volta, podem ter na nossa vida - inclusive pelo facto de nos poderem contagiar com as suas emoções (sejam elas negativas ou positivas). O livro ajuda-nos a perceber quem está genuinamente interessado no nosso bem-estar e o que fazer se uma relação de amor, de amizade, familiar ou de trabalho nos faz mal. Ajuda-nos também a deixarmos de ser tóxicos para nós mesmos e a gostarmos mais de nós.

Ainda não li, mas antevejo uma boa leitura e muitas aprendizagens. Até porque esta autora já tem provas dadas neste tema, ou não fosse ela co-autora do livro (talvez mais conhecido) SOS Manipuladores.

D. Fernando II - Um Rei Avesso à Política de Maria Antónia Lopes (historiadora e docente na Universidade de Coimbra) - Há uns tempos atrás andava numa de ler romances históricos, mas de momento prefiro biografias. Esta fala do rei D. Fernando, o esposo da D. Maria II e criador do Palácio da Pena. Não gostei tanto do título do livro, por se focar logo numa característica negativa. Mas adorei conhecer mais de perto a vida deste rei conciliador, grande protector do património e apaixonado pelas artes. O livro traz ainda algumas gravuras e fotografias de lugares ou pessoas ligadas à vida do rei. Uma leitura apaixonante, que nos dá a conhecer não só a figura pública, mas o lado mais pessoal.

Lagom - O Segredo Sueco para Viver Bem de Lola A. Åkerström (mestre em Sistemas de Informação, trabalha sobretudo como escritora para publicações como a Travel + LeisureNational Geographic, etc. e é editora da Slow Travel Stockholm) - Este também o comprei nas férias e prometo que quando terminar de o ler, falarei dele no blog.

Para ser franca, lembrou-me muito o Livro do Hygge, talvez por falar do estilo de vida de um país nórdico e por ter imagens lindíssimas ao longo do livro. Este fala da filosofia de vida "lagom", uma forma de viver que privilegia o equilíbrio (ex. não trabalhar de menos, nem de mais), a moderação e a satisfação  com o que temos. Inspira-nos a introduzir pequenas e simples alterações no nosso dia-a-dia, nas mais diversas áreas (alimentação; saúde e bem-estar; beleza e moda; decoração; vida social; trabalho; dinheiro; natureza e sustentabilidade). A ideia é que com estas transformações tenhamos vidas mais felizes e equilibradas. Só me chateia uma coisa: a falta de índice.


Fluir de Mihaly Csikszentmihalyi (psicólogo da Universidade de Claremont) - Confesso que já o tinha comprado há uns meses, mas só agora o comecei a ler. Devo dizer que, para quem é apaixonado pela psicologia positiva como eu, este livro é fundamental. Nele, o autor fala das «actividades de fluxo», ou seja, daquelas experiências que nos dão prazer, não as sentimos como obrigação e ficamos de tal forma absorvidos por elas que até nos esquecemos do tempo a passar. São actividades que contribuem para sermos mais felizes. Com base nisso, o autor dá-nos sugestões para melhorarmos a qualidade de vida a vários níveis (através do corpo, do pensamento, do trabalho, da solidão e da companhia, transformando a tragédia, lidando com o stress...).

Os livros da minha filha
Egiptologia - Em Busca do Túmulo de Osíris de Emily Sands - Este livro é super, super-giro! Eu e a Letícia andamos a lê-lo em conjunto, à noitinha. Ela lê um excerto, eu leio a seguir e assim sucessivamente. Tanto a capa como o interior são lindíssimos e é perfeito para os mais jovens (e não só) conhecerem o Egipto Antigo.

O livro pretende ser um fac-símile do diário de Emily Sands. Relata a expedição que esta fez ao Egipto, em 1926, com um grupo de egiptólogos. O objectivo era encontrarem o túmulo de Osíris. A questão é que o grupo desapareceu no deserto e só quase 80 anos depois, é que encontraram este diário.

Para além do relato da expedição, cada página é uma surpresa. Tem fotos com inscrições por trás, envelopes por abrir, exemplos de papiros, tecidos de múmia, um jogo do antigo Egipto, postais, mapas para abrir, uma tradução dos hieróglifos... É fantástico!


A Chave Secreta para o Universo de Stephen Hawking (físico teórico e matemático, professor na Universidade de Cambridge - quase que dispensa apresentações) e Lucy Hawking (jornalista e escritora, filha de Stephen). - Trata-se de um livro de aventuras para ajudar os mais novos a conhecerem o Universo.

A história começa com a fuga do porquinho de George para o jardim da casa ao lado, que se julgava desabitada. No entanto, lá vivem uma menina e o seu pai, um cientista que possui o computador mais potente da Terra. Este computador, o Cosmos, pode transportá-los para qualquer ponto do Espaço. E assim, George faz uma viagem inesquecível...

O livro tem várias ilustrações, imensas fotos do universo e quadros com informações sobre determinado elemento ou característica do Universo. Uma forma bem divertida de aprender!

Perguntas e Respostas num Minuto - Ciência, Natureza, Espaço e muito Mais de Yoyo studios - Comprámos este livro, para jogarmos durante as férias. Este reúne um conjunto de perguntas e respostas sobre diversos temas (música, jogos, inventos, espaço, contos de fadas, biologia, ciência, viagens, matemática, etc.). Traz uma ampulheta que demora exactamente um minuto para que o pó passe de uma âmbula para a outra. A ideia é que durante este minuto tentemos responder ao máximo de perguntas possíveis. Ok, não cumprimos as regras...


Jogámos sem limite de tempo. Se não acertássemos a resposta tínhamos 0 pontos, se ambas acertássemos teríamos 1 ponto, se só 1 acertasse essa pessoa teria 2 pontos. Ganharia quem tivesse mais pontos. Não pensem que foi injusto, há questões mais difíceis que eu também não sabia (alguma vez me passou pela cabeça que um fato de astronauta na Terra pesasse 110 kg!!!...). Bem giro, para jogar com os miúdos!


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A propósito, ontem publiquei uma foto no Instagram com os livros que comprei esta semana. Dois deles foram para aproveitar as promoções de 30 a 50% em livros de Desenvolvimento Pessoal na Wook. Tem propostas bem interessantes, pelo que vi até ao dia 24 deste mês. Fica a dica.

Fotos: Mafalda S.
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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

As férias de Verão (2017)


Finalmente chegou aquele tempo bom. Que se deseja calmo, longe da correria diária. Tempo para pequenos prazeres como meditar, ler um bom livro ou passear à beira-mar. Tempo para mimar a família. 

Como é habitual rumámos ao sul. Desta vez ainda em Agosto, no final do mês. Sentimos uma sensação de paz, ao rever estas paisagens...


Mas ao contrário do que se possa imaginar, e porque sou sempre sincera nestas coisas, não foram as férias perfeitas. Este ano uma prima que vive no estrangeiro, esteve para nos visitar. Andámos assim a adiar a reserva das férias até à última. Conclusão: a prima não conseguiu vir e quando tentámos reservar, estava praticamente tudo esgotado. Acabámos por ir para um apartamento bem perto da praia. E... enfim... ar antiquado, a necessitar de limpeza e sem possibilidade de colocar o que quer que seja em armários (estavam cheios de tralha).  Mas o pior de tudo? Assim que entrámos deparámo-nos com uma barata (a sério?!...). Menos mal, que não avistámos a restante família durante as férias. Talvez fosse um insecto solitário...

Ok, nunca nos tinha acontecido algo semelhante. A nossa reacção foi procurar outra coisa na Net. Mas uma lista inteirinha a dizer esgotado... fez-nos repensar a situação. Então... era tarde, tinha anoitecido, mas... 'bora lá fazer limpeza! E assim começámos as férias da forma mais estranha de sempre.

Felizmente, no dia seguinte acordámos e só aí nos apercebemos da vista incrível que tínhamos em frente...


A sério? Mas de onde é que isto surgiu?

A casa também tinha outro ar. Já limpinha e cheia de luz. Mas devo dizer que é uma pena que quem aluga não faça mais manutenções e vá modernizando estes espaços. Especialmente este, que com a área e vista que tem, tem uma potencialidade incrível.

Refeitos do susto da noite anterior. Aí sim, as férias puderam começar.

A foto a seguir mostra um dos restaurantes à beira-mar. Ainda sem clientes, pois a foto foi tirada logo de manhã cedo. (Sim, até nas férias eu gosto de acordar cedo. Sou uma pessoa de manhãs.)


Numa noite, após os jantar, estávamos a passear por ruas menos conhecidas, quando ouvimos um som agradável ao longe. Numa viela escura e escondida, soava um toque de jazz. A esplanada na rua estava iluminada por velas. O interior tinha o aspecto da imagem. Muitas velas, budas e tons bordeaux. Tinha um ar decadente e ao mesmo tempo agradável. Mas quando o dono nos atendeu... parecia saído de um filme. O senhor parecia um daqueles músicos de Jazz americanos. Para ser mais precisa parecia uma versão mais magra do Louis Armstrong. Mas estávamos no Algarve, e esta terra tem destas coisas.


Quanto ao mar, aquela bênção da Natureza, estava lindo como ele só. Confesso que costumamos ir à praia quando os outros ainda não chegaram ou quando já estão a partir. Adoro as horas douradas, do nascer e pôr-do-sol. A água fica muito mais quentinha e torna-se mais agradável - para nós, claro - estar longe das multidões.


Todos os dias dava uma caminhada. Com as ondas a tocarem-me nos pés. Tão agradável! Uma brisa quente a bater-me no rosto, enquanto me maravilhava com a luz dourada sobre a paisagem. E o meu telemóvel, claro está, teve de captar centenas de fotografias...


Visitámos pela terceira vez à Sand City em Pêra, uma exposição fantástica de esculturas de areia. Fico sempre maravilhada, não somente pela qualidade das esculturas mas pela capacidade dos artistas em captarem a expressão do rosto de tantas personagens famosas.

Este ano o tema são as 7Artes e vou mostrar-te um pouco do que se pode encontrar por lá (agora que reparo, quase que só coloquei fotos de músicos, mas a exposição aborda também o cinema, a literatura, a arquitectura, etc.).

A começar temos uma representação da música clássica. Confesso que não me recordo da legenda, mas pelo aspecto deve de ser o Beethoven. Está linda! 


Aqui uma representação do bailado e de conhecidas figuras do mundo da música rock, pop, ópera...


Pedro Abrunhosa. Amy Winehouse. Esculturas fantásticas!


As crianças também merecem! Para além das imagens da foto havia um carrinho do Noddy, a Minie com o Mickey, a Elsa do «Frozen»... até aquele esquilo cómico, o Scrat, da Idade do Gelo. Muito giro!


Os dias de férias correram com uma certa rotina. Logo cedo fazíamos uma caminhada e eu meditava na praia. Observávamos a beleza do mar. Saboreávamos cada momento. Depois íamos dar o pequeno-almoço aos miúdos (o meu pai e madrasta estavam em casa com eles). Seguíamos para um passeio a algum lugar. Almoço. Enquanto o bebé dormia a sesta - normalmente com o pai, eu, a Letícia e os avós jogávamos às cartas (até temos um campeonato das férias). Depois disto ia para a varanda ler. Ler muito, espreitando de tempos a tempo a beleza do oceano. À tardinha, íamos novamente à praia (que ficava apenas a uns metros). Tão bom ver o pôr-do-sol no mar... Por último, aos serões depois do jantar, íamos passear nas redondezas e ver as luzes da noite (como já fazemos na nossa cidade). Antes de adormecer, nova leitura. Era mais ou menos esta a rotina.

Um dos lugares onde meditei...


Tão bom sentir esta calma. Apenas ficar ali a olhar e a sentir cada detalhe da Natureza.


Podemos encontrar beleza nos mais ínfimos detalhes. Aqui, uma cerca de madeira e uma flor selvagem.


A entrada florida de uma casa algarvia.


Quanto à comida foi altura de provar pratos tradicionais, comida de conforto. Aquele patê de atum e delícias do mar... estava uma delícia! Mas vou ser sincera, é difícil atingir a qualidade do sabor de um restaurante da minha aldeia. O dono cresceu junto ao mar e cozinha como ninguém... por isso, quero ainda descobrir um restaurante que prepare marisco tão bom quanto o dele.


Mas, estou contente comigo mesma! A maioria dos pratos que comi foram vegetarianos e grelhados com legumes.


Encontrámos um restaurante de comida romena e fomos matar saudades da nossa road trip pela Europa de 2014. Não vos cheguei a falar da Roménia, mas foi um dos países que visitámos. Aquela é uma Ciorba de Perisoare, uma espécie de sopa de legumes com almôndegas a que podemos adicionar natas azedas (fiz isso) e acompanhar com aquelas malaguetas picantes (não tive coragem). Como segundo prato, tínhamos aqueles rolinhos de carne grelhada a que chamam de mici (lê-se mitch), acompanhado de batatas assadas no forno e uma espécie de couve branca em vinagrete. O molho do meio é mesmo mostarda. Só não gostei da couve, porque o resto estava óptimo.


Ainda dentro dos sabores internacionais, fomos matar saudades do nosso querido sushi. 

Houve um dia em que nos atrasámos. Era tarde e os restaurantes estavam a abarrotar. E não é que descobrimos este restaurante... num hipermercado. O exterior parecia a loucura. Lá dentro, tudo muito calmo e agradável. Adorei a decoração minimalista!


Mas, eu confesso-me!... No primeiro e último dia de férias, matei saudades de um capuccino com a famosa bola de berlim. Por vezes também sabe bem... traz-nos conforto à alma e uma mão cheia de recordações.


Mais detalhes. Durante a viagem e estadia avistámos vários murais pintados. É uma moda que traz colorido a espaços insípidos (ainda há pouco tempo, tinha colocado uma foto no instagram de um mural que descobri na minha cidade).

Mural num restaurante indiano.


Mural representando o Algarve de outros tempos. (Não é que passado apenas uns minutos passou uma carroça diante de nós... Nem sei há quando tempo não via uma!).


Mais imagens do mar. Aquele paraíso, antes do nascer do sol.


As rochas esculpidas pelas forças da Natureza.


O nascer do sol. Momento de contemplação. Paz interior.


Na véspera da partida passámos pelo shopping. Fui abastecer de produtos biológicos e... de livros. (Ainda esta semana espero mostrar-te os livros que levei e que comprei nas férias). 

Esta é uma das últimas imagens que tenho das férias.


Nós, no dia da despedida. Nesse dia a Letícia também nos acompanhou. Tão bom aproveitar cada segundo. Tão bom ter tempo em família.


Destes dias doces retirei duas lições:
- apesar das contrariedades (como a casa), devemos concentrar-nos nas soluções e agir para resolver os problemas. Não adianta ficarmos todo o tempo a lamentarmo-nos sem fazermos nada para melhorar a situação;
- as reservas feitas atempadamente podem livrar-nos de muitas chatices... 😂😂😂

Por último, deixo um filme desses dias doces (aviso já que é um filme sem edições, filmado demasiado rápido e com o telemóvel... ah! e feito por alguém sem experiência como eu). Mas só aquele som e aquelas imagens, já me deixam feliz.


Agora? É seguir com a vida, com energia renovada. 
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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Pensamento/Lema da semana #363


"O mundo lá fora começa a mudar
quando nós mudamos o nosso estado interior."
Pedram Shojai

Foto: Piro 4D
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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Pensamento/Lema da semana #362


"A melhor maneira de começar 
é parar de falar e começar a fazer.
Walt Disney

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A escrita tem sido escassa por aqui, porque o computador parece ter um grave problema com a bateria... Ando a fazer cópias de segurança, para o levar a um técnico.

Também a letra do blog, que é a mesma, tem um aspecto diferente. Vá-se lá saber porquê... Pormenores, que terei de resolver.

De qualquer modo, esta semana vou tentar publicar um post sobre as férias, algures em terras do sul.

Até lá. Boa semana!

Foto: komposita

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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Pensamento/Lema da semana #361


"O hygge é essencialmente antimaterialista. 
É uma questão de experiências e não de «coisas», 
de estarmos juntos de uma forma autêntica e despretensiosa, 
de preservar rituais antigos." 
Anna Skyggebjerg"

Foto: jill111

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